Para discutir "body burden", disruptores hormonais, contaminação química ambiental e outras "cositas más"... Para desabafar, falar da vida, de qualidade de vida, de sobrevivência. Para falar de beleza, de limpeza,de saúde, de futuro com quem realmente se importa.
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
Sergio Endrigo, um ecologista precoce
Esta canção, do Festival de Música de San Remo de 1970 se chama "L'Arca di Noè". A letra, que trago abaixo, com a tradução, vai fazer vocês pensarem em como este musicista e poeta, este "cantautore" italiano se antecipou aos tempos.
Un volo di gabbiani telecomandati
(Um vôo de gaivota por controle remoto)
e una spiaggia di conchiglie morte.
(e uma praia de conchas mortas)
Nella notte una stella d'acciaio
(Na noite uma estrela de aço)
confonde il marinaio.
(confunde o marinheiro)
Strisce bianche nel cielo azzurro
(Linhas brancas no céu azul)
per incantare e far sognare i bambini.
(para encantar e fazer sonhar as crianças)
La luna è piena di bandiere senza vento.
(A Lua é cheia de bandeiras sem vento)
Che fatica essere uomini!
(Que difícil é ser humano!)
Partirà, la nave partirà,
(Partirá, o barco partirá)
dove arriverà, questo non si sa.
(Onde chegará, isso não se sabe)
Sarà come l'Arca di Noè,
(Será como a Arca de Noé)
il cane, il gatto, io e te.
(o cachorro, o gato, eu e você)
Un toro è disteso sulla sabbia
(Um touro está deitado na areia)
e il suo cuore perde kerosene.
(e seu coração perde querosene)
A ogni curva un cavallo di latta
(Em cada curva, um cavalo de lata)
distrugge il cavaliere.
(destroi o cavaleiro)
Terra e mare, polvere bianca,
(Terra e mar, pó branca,)
una città si è perduta nel deserto.
(uma cidade se perdeu no deserto)
La casa è vuota, non aspetta più nessuno.
(a casa está vazia, não espera mais ninguém)
Che fatica essere uomini!
(Que difícil é ser humano!)
Partirà, la nave partirà,
dove arriverà, questo non si sa.
Sarà come l'Arca di Noè,
il cane, il gatto, io e te.
Precisão cirúrgica na descrição de um estado de coisas que só seria visto (e admitido) muito tempo depois.
E viva a poesia!
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