quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Onde nascem as diferenças...

Vem chegando o dia das crianças. Acabei de ver um vídeo no blog do Marcelo Taz (deixo o link abaixo) sobre uma escola do interior do Maranhão. Não vou discutir o post dele. Quero falar do vídeo.
São crianças de todas as idades, amontoadas em uma choupana, onde uma heróica professora tenta ensinar alguma coisa. Não há banheiro, nem água corrente. Não há luz elétrica. São cerca 20 crianças em um único cômodo.
Fiquei pensando nas diferenças, onde elas nascem em uma sociedade. pensei em minha filha e naqueles outros filhos de alguém. E chorei.
Não acredito que as pessoas sejam iguais. Cada uma tem características, talentos que devem ser respeitados e explorados de forma individual. Mas acredito em iguais oportunidades. E a verdadeira oportunidade é a boa escola. É ensinar o sujeito a pensar, a ter crítica. Depois ele faz o que quiser, o que suas possibilidades permitirem, segue o caminho que achar mais válido. Mas qualquer um precisa de elementos para fazer julgamentos críticos. E isto é o que deve fazer a escola.
Parece pouco, mas não é.
Negar oportunidades iguais aos cidadãos é a origem das diferenças. Quando as oportunidades são iguais, todos podem ter acesso a plena realização de suas aptidões. Não quer dizer que todos o farão, quer dizer somente que todos poderiam fazer, se quisessem, se merecessem.
Mas naquele caso do Maranhão, é realístico imaginar que nem todo o desejo, toda a força de vontade e mérito, seriam suficientes para mudar o destino daquelas crianças, daqueles cidadãos. Sim, porque crianças também são cidadãos. É quase uma condenação precoce ao ostracismo social, a uma sub-vida. É a condenação ao não futuro.

Enquanto por aqui a questão é inclusão digital, lá é inclusão social.

Para ver o vídeo:
http://marcelotas.blog.uol.com.br/arch2008-10-01_2008-10-15.html#2008_10-08_10_35_13-5886357-0

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