terça-feira, 28 de outubro de 2008

Coração artificial, uma luz no fim do túnel?


Notícia do Times (on line) de hoje traz esperança para tanta gente que estará na fila do transplante de coração. Um grupo francês, joint venture entre o EADS (o mesmo que fez o airbus) e o cardio-cirurgião Alain Carpentier desenvolveu e apresentou ontem o que o Carpentier apresentou como o mais próximo do coração humano até hoje.
Ele diz ter passado os últimos 20 anos neste projeto pois não aceitava que uma pessoa de 40, 45 ou 50 anos morresse na fila, esperando por um doador.
Já existem duas próteses desenvolvidas nos EUA, o Jarvik 7 o o Abiocor, mas ambas apresentam problemas, a primeira por conta dos cabos que ficam salientes sob a pele e a segunda por produzir coágulos que podem levar a quadros como AVCs e embolias.
O prof. Carpentier e a EADS, fundadores da CARMAT dizem que estes problemas serão solucionados neste modelo com a utilização de uma pseudo-pele de substâncias biosintéticas microporosas.
Ele possui sensores para ajustar o ritmo cardíaco à demanda corporal, evitando que mudanças do estado de repouso para o de atividade possam causar hipotensão ou hipofluxo.
O suprimento de energia para o aparelho poderia ser fornecido por dois tipos de suprimento, um envolve um implante de um receptor de titânio no crânio que canalizaria a energia transmitida através da pele por uma bateria externa ao corpo, a segunda captaria a energia através da pele entre dois transformadores, um dentro e outro fora do corpo. A empresa diz que a bateria poderia durar entre 5 a 16 horas, devendo ser recarregada para evitar uma parada cardíaca.
O modelo já foi testado em ovelhas e agora passará por três anos de teste em pacientes terminais e poderia estar disponível como alternativa ao transplante em 2013.
O Carmat Heart bombeia sangue da câmara direita para os pulmões e da câmara esquerda para o corpo, usando motores que comprimem cada lado separadamente (veja figura do Times acima).

Para quem já esteve envolvido com transplantes e conhece a angústia das pessoas que esperam por uma chance de sobreviver e de suas famílias, aplaudirá com certeza esta nova possibilidade. Enquanto isso, somente a generosidade e a solidária empatia das famílias dos doadores pode dar esta esperança.

Para saber mais:
http://www.timesonline.co.uk/tol/life_and_style/health/article5026788.ece

http://www.businessweek.com/globalbiz/content/oct2008/gb20081027_886542_page_2.htm

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