Encontrei por acaso este artigo de 2003 de um grupo brasileiro da FIOCRUZ sobre partos cesáreos no Brasil.
Achei bastante interessante, principalmente nas vésperas do "Dia das Mães", como um motivo de análise da nossa realidade e das escolhas que fazemos ou que são feitas por nós num momento tão importante como o do parto.
Eu fui mãe tardia, parto de risco, com patologia associada (pré-eclampsia), parto prematuro. A escolha pelo parto cesáreo não foi uma opção, foi uma emergência.
Creio seja uma solução válida quando bem indicado, mas convenhamos que muitos partos cesáreos realizados no Brasil, em especial no Sudeste, seriam perfeitamente
evitáveis e evoluiriam muito bem por via vaginal.
O meu complicou com um quadro septico. Eu estava na melhor maternidade (e por sorte também possuia uma excelente UTI Neonatal) de uma grande capital europeia. Sobrevivemos ambas e esta experiência foi a maior da minha vida.
Creio que o dia mais feliz que me recorde, tenha sido quando finalmente a levei para casa. Pequena, frágil e viva.
Desde então, minhas prioridades mudaram completamente.
Deixo o link para o artigo que sugiro a leitura e desejo a todos que descobriram o sentido do termo "amor incondicional" um feliz dia das Mães:
Barbosa GP, Giffin K, et alli
Parto cesáreo: quem o deseja? Em quais circunstâncias?
Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 19(6):1611-1620, nov-dez, 2003
http://www.scielo.br/pdf/csp/v19n6/a06v19n6.pdf
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