Fatores genéticos e ambientais influenciam a sensibilidade à Insulina (SI) durante a nossa vida. Na verdade, o ambiente uterino já pode afetar a SI no nascimento e tardiamente na vida. Em particular a associação entre várias substâncias exógenas tóxicas acopladas a predisposição genética podem influenciar a regulação do eixo hipotálamo-hipofise-adrenal e a produção e atividade da insulina, incretinas cerebrais, citocinas proinflamatórias e hormônios placentários.
A reação a agentes xenobióticos tóxicos pode causar diminuição do desenvolvimento fetal, tanto no seu crescimento como no desenvolvimento e modulação do sistema endócrino, levando a alterações no peso fetal (aumento ou diminuição) ou prematuridade. O crescimento diminuído na fase inicial da vida está relacionado a resistência insulínica e pode permanecer silente por anos e se manifestar na fase adulta dos indivíduos predispostos.
Fatores relacionados ao estilo de vida como dieta inadequada na infância e adolescência e sedentarismo foram associados ao aumento da incidência de diabetes do tipo 2 e obesidade durante a última década. Evidencias recentes sugerem que o polimorfismo da Pro12Ala do gene do Receptor Ativado dos Peroxissomas (PPAR) e do polimorfismo do gene da Enzima Conversora da Angiotensina (ECA) I/D combinado aos fatores ambientais, como Ftalatos interferindo na ação da insulina pós receptor, alteram a sensibilidade ao hormônio nos tecidos alvo.
Assim sendo, a sensibilidade insulínica resultante de uma delicada combinação dos fatores genéticos e dos contaminantes ambientais pode se modificar ao longo da vida e depende de um controle metabólico prévio, algo como uma memória metabólica.
Para saber mais:
Latini G, Loredana Marcovecchio M, Del Vecchio A, Gallo F, Bertino E, Chiarelli F.
Influence of environment on insulin sensitivity.
Environ Int. 2009 Apr 22.
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