sábado, 22 de março de 2008

Sacos, sacolas e saquinhos

O Alexandre Mansur, do Blog do Planeta, me pediu para postar aqui sobre sacolas reutilizáveis, coisa que aliás acho uma coisa praticíssima, desde que você se programe e se habitue a tê-las sempre à mão.
No Blog eles comentavam, num texto da jornalista Lia Bock, que muitas das sacolas de algodão cru não são de boa qualidade e acabam por não durarem o suficiente para cumprirem sua função.
Bem, para começar o algodão não me parece uma fibra adequada por uma série de motivos. A começar porque é uma fibra pouco ecoamigável. Muitos ao ler isto vão dar um pulo na cadeira, mas pensem que as culturas de algodão sozinhas consomem em 2% de território global um quarto de todos os agrotóxicos do planeta, e só isto já é um bom motivo para se preferir fibras alternativas. Mas quais?
Visto que é só um meio de transportar produtos, a sacola deve possuir algumas características: ser resistente, duradoura, ter capacidade de conter o que vai ser transportado e preferivelmente ser impermeável.
Dito isto podemos pensar em duas soluções: sacolas de fibras naturais, de fonte renovável, e neste caso acredito que a fibra de cânhamo seja infinitamente superior ao algodão, cestas de fibras como bambú, que são muito resistentes, mas não necessariamente são sacolas,
ou ainda usarmos fibras sintéticas recicladas. Para isto a fibra resultante de reciclagem de garrafas PET, ou seja poliester, poderia ser uma ótima escolha, pois o impacto ambiental seria baixo, a durabilidade prolongada e com isto o resultado seria um produto de excelente performance e ambientalmente adequado.
O Alexandre me pergunta se já fiz utilizando PET reciclado. A resposta é: ainda não, mas está na pauta de desenvolvimento. E se alguém quiser aproveitar a sugestão, sinta-se à vontade.
O que usamos nas nossas sacolas atualmente é papel reciclado, pelo menor tempo de degradabilidade ambiental e baixo resíduo no compost.

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