quarta-feira, 5 de março de 2008

Passando uma borracha

Fui surpreendida com a notícia que a borracha da Faber Castell estivesse com teores de ftalatos superiores aos permitidos por lei e cerca 50 vezes superiores aos parâmetros europeus.
Este é um bom exemplo para mostrar que uma empresa européia não segue fora de casa os mesmos critérios que dentro da UE, e assim o fato da matriz ser européia não garante os mesmos níveis de segurança garantidos em território Europeu. A legislação lá é bastante clara e restritiva. Principalmente porque muitas crianças fazem uso do produto.

A notícia que reporto abaixo é da jornalista Carla Sasso, do Ig educação de 18/01/08:

"SÃO PAULO – A Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Pro Teste) identificou que a borracha TK Plast, da empresa Faber-Castell, possui um produto químico acima da quantidade permitida por lei, o que pode acarretar problemas de saúde aos seus usuários.
Segundo a coordenadora institucional da Pro Teste, Maria Inês Dolci, diferentes materiais escolares foram testados pela instituição como colas, canetas hidrográficas e borrachas, mas, somente na TK Plast foi encontrada a substância ftalato em níveis acima do permitido.
‘Pela legislação, só pode conter uma concentração de 0,1% do peso da amostra. Nós encontramos 5% na borracha, o que representa 50 vezes mais que o limite permitido por lei”, explica Maria Inês.
A coordenadora salienta que as borrachas que apresentarem irregularidades foram as brancas e amarelas. Os índices de ftalato encontrados no plástico que envolve o produto estão dentro do limite permitido por lei. De acordo com a coordenadora, a borracha é um material extremamente tóxico por causa da quantidade da substância e é arriscado tê-lo em casa, principalmente se for usado por crianças. “Se ingerido, o ftalato pode causar problemas aos rins, pulmões e fígado. Além disso, a substância também pode causar câncer”, afirmou Maria Inês.
Em nota, a Faber-Castell afirma que “retirou completamente o ftalato da sua produção a partir de 13 de setembro de 2007, mesmo não havendo estudos conclusivos sobre o tema”. A empresa afirma também que “nos EUA não há ainda uma determinação de restrição da substância”.
Para a coordenadora da Pro Teste a questão é muito maior. “Nós já notificamos a empresa e queremos saber como o produto tem o selo do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) tendo essa quantidade de ftalato. Queremos saber quais atitudes serão tomadas, o quem tem o produto deve fazer, e muitas outras coisas”, explica."

Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2008/01/18/borracha_da_faber_castell_contem_produto_toxico_diz_pro_teste_1157271.html

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