Inovação está na moda.
Está nos livros, nas revistas de administração que o bacana é inovar. E se gasta rios de tinta para falar de inovação e empreendedorismo.
Às vezes tenho vontade de rir. Todos falam maravilhas da inovação, mas a maioria só propõe novidades.
O incrível é que as pessoas não percebam a diferença gritante entre as duas coisas e comprem uma pela outra.
Explico: propor uma inovação, uma coisa nova de verdade, implica em enormes gastos.
Inclusive gastos mentais além de educativos. Você precisa explicar a inovação, pois se a coisa é nova de verdade, ninguém entende de imediato pois nunca viu antes. Os riscos são grandes. E arriscar não é para todos.
Uma novidade é bem mais fácil. É mais comodo fazer o que alguém já fez e deu certo, pondo só um vestidinho de festa.
Você pega o comum, o banal, embala diferente, rotula moderninho e "lança" o mesmo com cara de novo, preferivelmente por um precinho menor do que o do concorrente. E isto é uma novidade.
As pessoas adoram novidades. Não necessariamente adoram o novo.
O novo exige pensar, exige redimensionar valores, exige abertura mental.
Tenho trabalhado com inovação e vejo a dificuldade e a resistência em entender o novo. Em especial quando não existe nada com o que você possa comparar o que você faz, simplesmente porque é diferente do resto. Vejo a resistência em entender o porque destas diferenças, em ter que fazer um esforço intelectivo. E aí vem alguém e te põe no patamar de uma simples novidade. Simplesmente porque não entendeu nada. E nem quer.
E a inovação fica reduzida a uma coisa banal, a uma coisa qualquer, por preguiça mental, por falta de referências para dimensioná-la, por incapacidade intelectual para percebê-la.
O que é uma pena.
Um comentário:
Oi. Não me importo não. Ainda estou aprendendo a trabalhar com o novo blog. Ainda não consigo acrescentar niguém.
bjos
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