tag:blogger.com,1999:blog-64244593012531355402024-03-11T00:23:30.617-03:00Mamãe passou açúcar em mimPara discutir "body burden", disruptores hormonais, contaminação química ambiental e outras "cositas más"... Para desabafar, falar da vida, de qualidade de vida, de sobrevivência. Para falar de beleza, de limpeza,de saúde, de futuro com quem realmente se importa.Sandra Goraiebhttp://www.blogger.com/profile/12996073257963508281noreply@blogger.comBlogger509125tag:blogger.com,1999:blog-6424459301253135540.post-40365976006552691462023-07-14T07:42:00.000-03:002023-07-14T07:42:05.254-03:00Nova lista de agentes carcinógenosDeixo o link para a lista atualizada de agentes carcinógenos do IARC: <div><br /></div><div><a href="https://monographs.iarc.who.int/list-of-classifications">https://monographs.iarc.who.int/list-of-classifications</a></div>Sandra Goraiebhttp://www.blogger.com/profile/12996073257963508281noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6424459301253135540.post-39615344845832638972023-06-26T18:41:00.003-03:002023-06-26T18:41:21.786-03:00Diga não para os adoçantes. <p> Após bastante tempo me pareceu adequado fazer um alerta sobre uma antiga publicação neste blog. </p><p>Há alguns anos a sucralose parecia o menos danoso dos adoçantes. Com a evolução dos estudos sobre essa categoria de substâncias, constatou-se que nem ela seria. Muito ao contrário, ela pode trazer graves danos à microbiota. (1)</p><p>Ela também possui interação com a resposta imune das células T. (2)</p><p>Sendo assim, à luz das novas evidências, sugerimos uso moderado de açúcares e desaconselhamos o uso de adoçantes artificiais. </p><p>1)D<span style="-webkit-text-size-adjust: 100%; background-color: white; caret-color: rgb(33, 33, 33); color: #212121; font-family: BlinkMacSystemFont, -apple-system, "Segoe UI", Roboto, Oxygen, Ubuntu, Cantarell, "Fira Sans", "Droid Sans", "Helvetica Neue", sans-serif; font-size: 16px;">el Pozo S, Gómez-Martínez S, Díaz LE, Nova E, Urrialde R, Marcos A. Potential Effects of Sucralose and Saccharin on Gut Microbiota: A Review. Nutrients. 2022 Apr 18;14(8):1682. doi: 10.3390/nu14081682. PMID: 35458244; PMCID: PMC9029443.</span></p><p><span style="-webkit-text-size-adjust: 100%; background-color: white; caret-color: rgb(33, 33, 33); color: #212121; font-family: BlinkMacSystemFont, -apple-system, "Segoe UI", Roboto, Oxygen, Ubuntu, Cantarell, "Fira Sans", "Droid Sans", "Helvetica Neue", sans-serif; font-size: 16px;">2)</span><span style="-webkit-text-size-adjust: 100%; background-color: white; caret-color: rgb(33, 33, 33); color: #212121; font-family: BlinkMacSystemFont, -apple-system, "Segoe UI", Roboto, Oxygen, Ubuntu, Cantarell, "Fira Sans", "Droid Sans", "Helvetica Neue", sans-serif; font-size: 16px;"> Zani F, Blagih J, Gruber T, Buck MD, Jones N, Hennequart M, Newell CL, Pilley SE, Soro-Barrio P, Kelly G, Legrave NM, Cheung EC, Gilmore IS, Gould AP, Garcia-Caceres C, Vousden KH. The dietary sweetener sucralose is a negative modulator of T cell-mediated responses. Nature. 2023 Mar;615(7953):705-711. doi: 10.1038/s41586-023-05801-6. Epub 2023 Mar 15. PMID: 36922598; PMCID: PMC10033444.</span></p>Sandra Goraiebhttp://www.blogger.com/profile/12996073257963508281noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6424459301253135540.post-44228367716442647262019-01-02T10:16:00.002-02:002019-01-02T10:20:25.141-02:00Após cinco anos, ou quase...Com surpresa vejo que não escrevo desde 2014 neste blog.<br />
Nem tinha me ocorrido todo este tempo.<br />
Vou tentar retomar este blog com maior frequência neste ano.<br />
<br />
Deixo então o link de uma mini revisão de 2016 para os novos leitores:<br />
<h1 class="content-title" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; break-after: avoid-column; break-inside: avoid; font-family: "Archivo Narrow", "Arial Narrow", "Trebuchet MS", ArialMT, Arial, sans-serif; font-size: 1.7067em; font-weight: 400; line-height: 1.1667; margin: 1.1667em 0px 0.5834em;">
Minireview: Endocrine Disruptors: Past Lessons and Future Directions</h1>
<div class="contribs" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; font-family: "Archivo Narrow", "Arial Narrow", "Trebuchet MS", ArialMT, Arial, sans-serif; font-size: 1.2em; margin-bottom: 0.8889em; margin-top: 0.8889em;">
Thaddeus T. Schug, Anne F. Johnson, Jerrold J. Heindel, et alii</div>
<a href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4965846/">https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4965846/</a><br />
<br />
E no Netflix, sugiro um documentário sobre a vida da pesquisadora e escritora Rachel Carson, uma pioneira neste âmbito de investigação.<br />
<br />
Feliz ano novo!Sandra Goraiebhttp://www.blogger.com/profile/12996073257963508281noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6424459301253135540.post-39380486424924011182014-08-19T10:02:00.001-03:002014-08-19T10:02:18.425-03:00Ftalatos e obesidade infantil.Mais um artigo de revisão sobre a questão da obesidade infantil e os ftalatos no Annals of Pediatric Edocrinology & Metabolism.
Quem quiser lê-lo na íntegra, é disponível gratuitamente no link:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4114051/
Phthalate exposure and childhood obesity
Shin Hye Kim, MD and Mi Jung Park, MD, PhD
Sandra Goraiebhttp://www.blogger.com/profile/12996073257963508281noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6424459301253135540.post-60545096369190355792014-08-14T08:25:00.001-03:002014-08-14T08:25:33.080-03:00Triclosan...E não é que finalmente o assunto aparece em sites "populares"?
Artigo sobre o Triclosan, nosso velho conhecido...
http://www.jornalciencia.com/saude/corpo/4281-substancia-usada-na-pasta-de-dente-colgate-total-para-combater-doencas-da-gengiva-tem-potencial-cancerigeno-diz-pesquisaSandra Goraiebhttp://www.blogger.com/profile/12996073257963508281noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6424459301253135540.post-88214624321342266492014-08-13T11:03:00.000-03:002014-08-13T11:03:33.930-03:00Bisfenol S é seguro?
Um grupo da Universidade de Toulouse, liderados pelo Dr. Héliès Toussent, conduziu um estudo sobre os efeitos do Bisfenol S, candidato a substituto do Bisfenol A no mercado Europeu,nas células hepáticas e na obesidade. Os autores observaram (estudo in vitro) que tanto o BPA como o BPS induziram um aumento no conteúdo lipídico nas células adiposas 3T3-L1 e mais moderadamente nos hepatócitos Hep G2. Observaram também uma diminuição na lipólise, na produção de leptina e na modulação dos genes envolvidos no metabolismo lipídico e no balanço energético, talvez ligados à modulação do SREBP-1c, PPARγ, aP2 e ERRα e genes γ após exposição ao BPA enquanto o BPS parece atingir o PGC1α e os genes ERRγ. Isto leva os autores a sugerirem que tanto o BPA como o BPS podem ser interferentes envolvidos na obesidade e na esteatose hepática através de duas vias metabólicas diferentes.
Para saber mais:
Héliès-Toussaint C1, Peyre L2, Costanzo C3, Chagnon MC4, Rahmani R2.
Toxicol Appl Pharmacol. 2014 Aug 8. pii: S0041-008X(14)00291-9. doi: 10.1016/j.taap.2014.07.025.
Is bisphenol S a safe substitute for bisphenol A in terms of metabolic function? An in vitro study.
Sandra Goraiebhttp://www.blogger.com/profile/12996073257963508281noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6424459301253135540.post-83144018079623467252014-06-04T09:53:00.000-03:002014-06-04T09:53:56.201-03:00Seria o consumo de soja industrializada uma causa de Mal de Alzheimer?Um grupo de pesquisadores da Universidade de Adelaide levantou esta hipótese em um artigo publicado no Medical Hypotheses(Med Hypotheses. 2014 Mar;82(3):250-4.) baseado na interferência da soja nas funções da tiróide.
Os autores lembram o aumento da incidência desta afecção e a sua importância epidemiológica, uma vez que estima-se que 25% da população americana em 2031 será portadora desta patologia.
A maioria dos pesquisadores da demência relacionam a etiologia a viroses, obesidade, sedentarismo, diabetes, depressão, hipertensão arterial, inflamações frequentes, contaminação ambiental ou doméstica por agentes tóxicos, fatores genéticos.
Alzheimer é uma degeneração de partes das vias neurais no cérebro, e pode de fato estar ligada a agentes tóxicos que passem a barreira hemato-encefálica.
Assim, os autores consideram importante avaliar o que for abundante no ambiente, e em particular as fontes alimentares. Entre estes, os produtos não fermentados de soja, que possuem atividades anti-tireoide e são interferentes hormonais, poderiam ser deletérios.
Para saber mais:
Roccisano D, Henneberg M, Saniotis A.
A possible cause of Alzheimer's dementia - industrial soy foods.
Med Hypotheses. 2014 Mar;82(3):250-4Sandra Goraiebhttp://www.blogger.com/profile/12996073257963508281noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6424459301253135540.post-56901911921305711382012-11-21T12:08:00.002-02:002012-11-21T12:08:22.559-02:00 Um artigo de revisão sobre os mecanismos de ação dos interferentes hormonais e doenças associadas está disponível gratuitamente no link abaixo:
Endocrine-Disrupting Chemicals: Associated Disorders and
Mechanisms of Action
Sam De Coster and Nicolas van Larebeke, Bélgica.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3443608/pdf/JEPH2012-713696.pdfSandra Goraiebhttp://www.blogger.com/profile/12996073257963508281noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6424459301253135540.post-50511551765513128532012-10-18T11:28:00.001-03:002012-10-18T11:31:11.936-03:00Vaga para pesquisador!Atenção Mestres em Ciências em TOXICOLOGIA! Recebi este e-mail para divulgação. O texto é o que se segue:
Dear colleague,
At the Institute for Environmental Studies of the VU University in Amsterdam there is a vacancy for a PhD student on the topic of ŒMiniaturization of in vitro bioassays for high throughput Effect-Directed Analysis¹, see attached document for more information.
We¹re looking for a candidate with a MSc degree in molecular sciences (biochemistry, molecular biology, or toxicology) with an affinity for analytical chemistry.
Would you please be so kind to forward this advertisement to anyone who may be interested?
Thank you very much,
Timo Hamers
Marja Lamoree
Senior Researcher Analytical Chemistry
Institute for Environmental Studies - Instituut voor Milieuvraagstukken
(IVM)
Faculty of Earth and Life Sciences (FALW)
VU University Amsterdam De Boelelaan 1085 (visiting address)
De Boelelaan 1087 (postal address)
1081 HV Amsterdam
The Netherlands
t + 31 (0)20 59 89573
f + 31 (0)20 59 89553
e marja.lamoree@vu.nl
www.ivm.vu.nl
Sandra Goraiebhttp://www.blogger.com/profile/12996073257963508281noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6424459301253135540.post-60976494302058779252012-03-23T11:38:00.004-03:002012-03-23T11:52:46.949-03:00Interferentes hormonais, uma revisão de 15 anos de pesquisa.Em 1991, em Wildspread, um grupo de pesquisadores concluiram pela primeira vez que os agentes ambientais introduzidos pela atividade humana, poderiam ter efeitos danosos sobre a saúde dos seres vivos. Literalmente: “Many compounds introduced into the environment by human activity are capable of disrupting the endocrine system of animals, including fish, wildlife, and humans. Endocrine disruption can be profound because of the crucial role hormones play in controlling development.” <br />Quinze anos se passaram e cada vez mais o volume de evidências tem aumentado ao longo do tempo, além do reconhecimento de cada vez maior número de agentes implicados nos diversos mecanismos de interferência endócrina.<br />Sugiro a leitura da revisão: "Fifteen Years after “Wingspread”—Environmental Endocrine Disrupters and Human and Wildlife Health: Where We are Today and Where We Need to Go", disponível gratuitamente no endereço: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2721670/?tool=pubmed<br /><br />Boa leitura!<br /><br />Para saber mais:<br />Hotchkiss AK et alli<br />Fifteen Years after “Wingspread”—Environmental Endocrine Disrupters and Human and Wildlife Health: Where We are Today and Where We Need to Go<br />Toxicol Sci. 2008 October; 105(2): 235–259.Sandra Goraiebhttp://www.blogger.com/profile/12996073257963508281noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6424459301253135540.post-78481042757890858032012-03-22T10:18:00.005-03:002012-03-22T11:55:02.876-03:00Obesidade, um problema ambiental? ObesógenosNos últimos anos a obesidade vem se tornando um sério problema de saúde pública.<br />Nos EUA, mais de 35% dos adultos e 17% das crianças entre 2 e 19 anos são obesas, mas este fenômeno não se restringe apenas aos países ricos. Os países em desenvolvimento estão conhecendo uma expansão rápida desta patologia. Mas mesmo os animais, entre eles os ratos que vivem nas cidades, animais de laboratório e de estimação, vem aumentando o peso corporal médio nas últimas décadas, o que faz supor que isto nada tenha a ver com a dieta ou com exercício, mas sim com um fator ambiental desencadeante. <br />Embora muitos profissionais ainda atribuam a causa da obesidade à dieta errada e a falta de exercício exclusivamente, pesquisadores começam a reunir evidências suficientes de obesógenos químicos, ou seja, compostos dietéticos, farmacêuticos e industriais que podem alterar os processos metabólicos fisiológicos e assim predispor os sujeitos a um aumento de peso.<br />A exposição pode ocorrer mesmo no período do desenvolvimento fetal, o que leva a uma alteração por toda a vida do metabolismo, ou mesmo já na fase adulta.<br />O papel dos contaminantes ambientais com propriedades obesógenas, foi reconhecido recentemente pela Presidential Task Force on Childhood Obesity e pelo National Institutes of Health (NIH) Strategic Plan for Obesity Research. Isto devido a um constante aumento de trabalhos e publicações científicas corroborando este efeito tanto em animais como em seres humanos. Em 2011 o NIH iniciou um ciclo de 3 anos de pesquisa no papel da exposição ambiental na obesidade, na diabetes do tipo II e na síndrome metabólica.<br />Antigamente o papel das células de gordura no corpo era somente o de depósito de energia, mas agora sabe-se que seu papel vai muito além disso, pois o tecido gorduroso funciona como uma unidade endócrina, secretando hormônios relacionados ao apetite e ao metabolismo. Assim, os obesógenos podem ter diferentes mecanismos de ação, seja no número de células de gordura, seja no tamanho destas células, ou ainda como interferentes hormonais na regulação da saciedade, do apetite, das preferências alimentares ou do metabolismo energético.<br />Existe ainda a possibilidade de que estes efeitos passem de uma geração para a outra, através de mecanismos epigenéticos, através de modificações na expressão do DNA e das histonas (sem que o gene em si tenha sido alterado).<br />Já há cerca de 20 agentes químicos identificados como causadores de ganho de peso, a maioria relacionada a exposição durante o desenvolvimento fetal, porém em adultos, muitos estudos mostraram que agentes que ativem os receptores PPARy (peroxisome proliferator–activated receptor gamma). Se você ativa o PPARy em um pré-adipócito, ele se torna uma célula adiposa. O PPARy causa uma diferenciação seletiva nas células tronco para ossos ou gordura. assim, alguns obesógenos, como os Obesotins, fariam um desvio a favor da linhagem dos adipócitos em detrimento da linhagem óssea.<br />Pesticidas na água e nos alimentos, em especial a Atrazina e o DDE(dichlorodiphenyldichloroethylene, um subproduto do DDT) aumentam o índice de massa corpórea (BMI) em crianças e a resistência insulínica em roedores.<br />Alguns fármacos, como a rosiglitazona (*Avandia, foi retirada do mercado brasileiro), têm sido relacionados com o ganho de peso em humanos e animais. A Genisteína, um fitoestrógeno presente na soja, e o Glutamato monossódico (realçador de sabor), presentes em muitas mesas, também são obesógenos.<br />Muitos obesógenos conhecidos ou suspeitos são interferentes hormonais e são ubíquos. <br />Ftalatos, nossos velhos conhecidos plasticizantes e não só estão relacionados a obesidade em humanos e ocorrem em muitos objetos feitos de PVC e em fragrâncias, desodorantes ambientais, sabões, detergentes, amaciantes, produtos de higiene pessoal e cosméticos.<br />O fumo de cigarros durante o desenvolvimento fetal também exerce papel importante, pois embora os bebês nasçam com baixo peso, acabam compensando isto na infância com um mecanismo de maior ganho. Lembrem-se também dos fumantes de segunda e terceira mão.<br />O diethylstilbestrol (DES), um estrógeno sintético usado dos anos 30 até os anos 70 para evitar abortos também tem este efeito "compensador". A droga causou diversos efeitos colaterais e sérias complicações nos filhos destas mães que a usaram, tais como anormalidades no aparelho reprodutivo, câncer vaginal na adolescência, câncer de mama na fase adulta. Em baixas doses ele altera a expressão dos gens relacionados à obesidade e causa modificação nos níveis hormonais.<br />Outro nosso velho conhecido, o Bisfenol A(BPA), presente em latas e plásticos, reduz o número de células adiposas, mas em compensação faz com que elas armazenem mais gordura, aumentando de tamanho, aumentando a gordura abdominal e a intolerância à glicose.<br />Outro obesógeno muito comum nas casas é o ácido perfluorooctanoico (PFOA), sabido agonista PPARy e suspeito interferente endócrino. O alarmante é que as crianças estão mais contaminadas com este agente que os adultos. PFOA é um surfactante, usado em panelas não aderentes e para reduzir a fricção, em roupas impermeáveis, impermeabilizantes (Scotchgard™ ), carpetes, colchões, utensílios para microondas e mobiliário.<br />Como hoje é dia da água, vamos lembrar que a Du Pont, em 2005, perdeu uma causa no valor de 107.6 milhões de dólares por ter contaminado com PFOA a água potável próxima a uma sua indústria em Parkesburg, EUA. Em dezembro de 2011 foi encontrado o primeiro vínculo provável entre hipertensão gestacional e PFOA.<br />PFOA possui uma longa meia vida e pode persistir durante a lactação e ser transmitida aos bebês pelo leite, que, por sua vez, quando se tornarem adultos, terão um maior peso corporal. Há também uma maior secreção de leptina, hormônio produzido pelas células adiposas que reduziria o apetite, mas que nestes casos suspeita-se que o cérebro crie uma "resistência" a seus efeitos, tornando-a ineficaz. Embora os pesquisadores não tenham observado o mesmo efeito em adultos expostos ao PFOA, foram encontradas anormalidades no útero e nas glândulas mamárias dos sujeitos expostos.<br /><br /><br />Para saber mais:<br />Holtcamp W 2012. Obesogens: An Environmental Link to Obesity. Environ Health Perspect 120:a62-a68. http://dx.doi.org/10.1289/ehp.120-a62Sandra Goraiebhttp://www.blogger.com/profile/12996073257963508281noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6424459301253135540.post-8700188236803570482012-03-09T10:31:00.002-03:002012-03-09T10:42:27.821-03:00Amianto: mensagem da SBTOXRecebi uma e-mail do presidente da SBTox, Prof.Dr. José Carlos da Costa, com a solicitação de divulgação do documento que trago abaixo na íntegra (com meus grifos).<br />Acho muito importante que as pessoas tenham conhecimento da posição da Sociedade Brasileira de Toxicologia sobre este assunto grave e tão negligenciado pela população de modo geral.<br />Leiam com atenção. Reflitam e cobrem as medidas adequadas para proteger você, sua família e o ambiente.<br /><br /><span style="font-weight:bold;"><br />Amianto: a polêmica do óbvio</span><br /><br />Nas últimas semanas, o tema Amianto voltou a ganhar espaço na mídia nacional e<br />internacional. No Brasil, em consequência à interpelação judicial, promovida pelo Instituto<br />Brasileiro do Crisotila, contra o Dr. Hermano de Castro Albuquerque, pesquisador do Centro de<br />Estudos do Trabalho e Ecologia Humana, FIOCRUZ, relacionada a achados de pesquisa sobre o<br />mesotelioma, publicado em um periódico científico, e por suas declarações na mídia sobre<br />riscos para a saúde associados à exposição ao amianto. Essa repercussão foi potencializada<br />pelo julgamento criminal ocorrido em Turim, Itália, condenando dois ex-proprietários de<br />ramos do Grupo Eternit por omissão de informações sobre os problemas de saúde associados<br />à manipulação do amianto, e quase 3 mil mortes que ocorreram entre ex-trabalhadores e<br />habitantes do entorno de uma de suas empresas em Casale Monferrato.<br />Há duas décadas, profissionais brasileiros de renome na área do trabalho, médica e ambiental<br />vem, de público, <span style="font-weight:bold;">advertindo sobre as desastrosas consequências da manutenção da utilização<br />do amianto no Brasil</span>. Infelizmente, o Estado Brasileiro se esquivou, repetidamente, do<br />problema, não respeitando o valor constitucional de proteger seus cidadãos. Nos últimos anos,<br />perderam-se diversas oportunidades de proibir seu uso no território nacional. Perdeu-se<br />também, a oportunidade de evitar que o risco continue a se estender a populações de outros<br />países importadores do asbesto brasileiro (praticamente, todos com condições sanitárias tão<br />ruins ou piores que a nossa).<br />Estima-se que mais de<span style="font-weight:bold;"> sete milhões de pessoas morram de câncer anualmente</span>, em todo o<br />mundo ( Jemal A, et al. CA CANCER J CLIN 2011). Hábitos pessoais e condições de ambiente são<br />responsáveis por 40% dos casos de câncer, o que significa que cerca de <span style="font-weight:bold;">3 milhões de óbitos<br />anuais poderiam ser prevenidos</span>. O ambiente de trabalho é responsável por 4 a 20% de todos<br />os casos de câncer na população. Dentre estes,<span style="font-weight:bold;"> o amianto, isoladamente, é responsável por<br />1/3 dos casos</span> e, restringindo-se apenas ao câncer de pulmão de origem ocupacional, a parcela<br />do amianto chega a 50% dos casos. Percentual ainda maior ocorre em relação ao mesotelioma,<br />um câncer raro da membrana que envolve os pulmões, de péssimo prognóstico, no qual o<br />amianto é o agente causal de mais de 80% dos casos,. Dados do Sistema de Informações de<br />Mortalidade do Ministério da Saúde mostram uma curva francamente ascendente de mortes<br />por mesotelioma em São Paulo.<br />Atualmente, <span style="font-weight:bold;">o Brasil é o terceiro maior produtor mundial de amianto</span>. Entre 1975 e 2005, o<br />mercado brasileiro consumiu 5 milhões de toneladas, traduzido em produção, transformação<br />(produtos de cimento-amianto e outras centenas), instalação, remoção e descarte. Entre 2008<br />e 2010 a produção aumentou, assim como a importação e o consumo interno. Em 2010, o<br />consumo estimado foi de 0,9 Kg/brasileiro.. Estes produtos estão espalhados pelo ambiente.<br />Não é necessário esforço para entender que o problema extrapola o ambiente de trabalho.<span style="font-weight:bold;"> A<br />chance de um cidadão se expor ao amianto, assim como a outros cancerígenos reconhecidos,<br />aumenta na proporção do seu uso.</span><br />A nocividade do amianto crisotila é inconteste, classificado desde 1987 dentro do Grupo 1 das<br />substâncias carcinogênicas pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC),<br />organismo da Organização Mundial da Saúde (OMS). Isto significa que há suficientes<br />evidências experimentais e epidemiológicas que permitem classificá-lo como <span style="font-weight:bold;">cancerígeno para<br />humanos.</span> A OMS e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) entendem que a única forma<br />de se prevenir as doenças associadas ao amianto é através da cessação da sua utilização<br />(http://www.who.int/occupational_health/publications/asbestosrelateddiseases.pdf,<br />http://www.ilo.org/public/english/standards/relm/ilc/ilc95/pdf/pr-20.pdf). Em adição ao<br />câncer de pulmão e do mesotelioma, o amianto é, também, causalmente associado ao câncer<br />de laringe e câncer de ovário (www.thelancet.com/oncology, Vol 10 Maio 2009).<br />Sob o conceito de “fato relevante”, a Eternit no Brasil encaminhou matéria paga a veículos de<br />grande circulação, em que tenta se distanciar da gravidade da questão reduzindo um grave<br />problema de Saúde Pública a uma suposta querela comercial e de disputa de mercado. <span style="font-weight:bold;">Apegase,<br />de má-fé, à Lei Federal no. 9.055/95, cuja flagrante inconstitucionalidade já tem parecer<br />favorável do Ministério Público Federal e do Ministro Relator do STF, e ainda, tenta<br />desqualificar a inteligência e a sensibilidade dos legisladores dos estados onde o amianto já foi<br />proibido, reduzindo o clamor de milhares de vítimas das doenças do amianto crisotila, à<br />suposta pressão de concorrentes da Eternit.</span><br />A “utilização segura” e o “uso controlado” do amianto, no seu ciclo de vida e ao longo da<br />cadeia produtiva, são<span style="font-weight:bold;"> conceitos enganosos e inviáveis</span>. Quem controla a sua “utilização segura”<br />na construção civil? Quem controla a sua “utilização segura” em manutenção de máquinas,<br />equipamentos e instalações que o contenham? Quem controla a sua “utilização segura” em<br />reformas e demolições? Quem controla a contaminação de locais previamente utilizados para<br />armazenamento e/ou a produção de produtos contendo amianto? Quem controla o descarte<br />de materiais contendo amianto após o seu uso?<br />Qual é a necessidade de se manter a sua produção e uso? <span style="font-weight:bold;">Há substitutos seguros para todas as<br />utilizações conhecidas do asbesto.</span> Nenhuma fibra substituta faz parte da lista de cancerígenos<br />da IARC. Em adição, há estudos que demonstram a viabilidade técnica e econômica de sua<br />substituição.<br />Como cidadãos e profissionais ligados à Saúde, registramos a indignação pela manutenção da<br />produção, transporte, consumo, descarte, exportação e importação do amianto, e<br />conclamamos o Poder Legislativo, o Poder Judiciário e o Poder Executivo Federal que se unam<br />para acelerar as iniciativas <span style="font-weight:bold;">pelo banimento total do amianto crisotila no Brasil, imediatamente.</span><br />Que o Brasil não faça vexame na Conferência Rio + 20, de junho, e consiga mostrar - a nós e ao<br />mundo - que suas políticas públicas não são definidas pelos lobbies de uma empresa, e sim,<br />são comprometidas com a defesa da saúde e do ambiente, como reza a Constituição Federal.<br /><br /><br />Subscrevem o documento as seguintes Instituições/Organizações e Profissionais<br />INSTITUIÇÔES/ORGANIZAÇÕES<br /><br /><span style="font-weight:bold;">ABRACIT</span> - Associação Brasileira de Centros de Informação Toxicológica<br />Fábio Bucaretchi, Presidente<br /><span style="font-weight:bold;">Associação Brasileira de Saúde Coletiva</span> - ABRASCO<br />Luiz Augusto Facchini, Presidente<br /><span style="font-weight:bold;">Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto</span> -ABREA<br />Eliezer João de Souza, Presidente<br /><span style="font-weight:bold;">Associação Nacional de Medicina do Trabalho</span><br />Carlos Campos, Presidente<br /><span style="font-weight:bold;">Centro de Estudos de Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana, CESTEH/FIOCRUZ</span><br />Marco Antonio Carneiro Menezes, Diretor<br />FIOCRUZ, MS<br />Valcler Rangel Fernandes, <span style="font-weight:bold;">Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde<br />FUNDACENTRO, MTE</span><br />Eduardo Azeredo Costa, Presidente<br /><span style="font-weight:bold;">Instituto Nacional do Câncer, INCA</span>, Ministério da Saúde<br />Luiz Antônio Santini Rodrigues da Silva, Diretor<br /><span style="font-weight:bold;">Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia</span><br />Roberto Stirbulov, Presidente<br /><span style="font-weight:bold;">Sociedade Brasileira de Toxicologia</span><br />José Luiz da Costa, Diretor Presidente<br /><span style="font-weight:bold;">Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia</span><br />Mônica Corso Pereira, Presidente<br /><span style="font-weight:bold;">Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do Estado do Rio de Janeiro</span><br />Luiz Paulo Loivos, Presidente<br /><br />PROFISSIONAIS (ordem alfabética)<br />Adriana Skamvetsakis Médica do Trabalho do Centro Regional de Referência em<br />Saúde do Trabalhador da Região dos Vales, Rio Grande do Sul<br />Álvaro Roberto Crespo Merlo Professor Assistente III, Faculdade de Medicina, Universidade<br />Federal do Rio Grande do Sul, Ambulatório de Doenças do<br />Trabalho - Hospital de Clínicas de Porto Alegre<br />Ana Paula Scalia Carneiro Pneumologista Doutora do Serviço Especializado em Saúde do<br />Trabalhador (SEST) do Hospital das Clínicas da UFMG<br />Andréa Silveira Professora Doutora do Departamento de Medicina Preventiva<br />e Social, Faculdade de Medicina da Universidade Federal de<br />Minas Gerais<br />Antonieta Handar Médica do Centro Estadual de Saúde do Trabalhador Do<br />Paraná - CEST<br />Carlos Augusto Vaz de Souza Engenheiro Químico, Mestre em Saúde Pública, Coordenador<br />da Coordenação-Geral de Saúde do Trabalhador/<br />Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do<br />Trabalhador – Ministério da Saúde<br />Eduardo Algranti Chefe do Serviço de Medicina, FUNDACENTRO e Membro do<br />Comitê Assessor em Saúde Ocupacional da Organização<br />Mundial da Saúde<br />Eduardo Marinho Barbosa<br />Professor do Instituto Federal de Educação Ciência e<br />Tecnologia da Bahia, Núcleo de Tecnologia em Saúde<br />Eduardo Mello De Capitani Professor Associado do Departamento de Clínica Médica e<br />Coordenador do Centro de Controle de Intoxicações da<br />Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP<br />Eliezer João de Souza Presidente da Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto -<br />ABREA<br />Elizabete Medina Coeli Mendonça Tecnologista do Serviço de Medicina e responsável pelo<br />Laboratório de Função Pulmonar, FUNDACENTRO<br />Elizabeth Costa Dias Professor-Adjunto do Departamento de Medicina Preventiva e<br />Social, Faculdade de Medicina da Universidade Federal de<br />Minas Gerais (aposentada)<br />Fátima Sueli Neto Ribeiro Doutora em Epidemiologia, Professora Adjunta da UERJ<br />Fernanda Giannasi Engenheira Civil e de Segurança do Trabalho, Auditora-Fiscal<br />do Ministério do Trabalho e Emprego e Gerente do Programa<br />Estadual do Amianto. (São Paulo) e Coordenadora da Rede<br />Virtual-Cidadã pelo Banimento do Amianto na América Latina<br />Francisco Pedra Mestre em Saude Publica e Doutorando em Saúde Pública e<br />Meio Ambiente, Médico Sanitarista e do Trabalho, CESTEH<br />/FIOCRUZ<br />Frida Marina Fischer Professora Titular do Departamento de Saúde Ambiental da<br />Faculdade de Saúde Pública – USP<br />Guilherme Franco Netto Mestre em Saúde Pública, Doutor em Epidemiologia, Pós<br />Doutor em Saúde Coletiva. Diretor do Departamento de<br />Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador –<br />Ministério da Saúde<br />Gustavo Faibischew Prado Doutor em Pneumologia pela Faculdade de Medicina da USP,<br />ex-diretor cientifico da Sociedade Paulista de Pneumologia,<br />Médico da Divisão de Pneumologia do InCor-HCFMUSP e do<br />Instituto do Câncer do Estado de São Paulo "Octávio Frias de<br />Oliveira"<br />Hermano Albuquerque Castro Médico Doutor do CESTEH, FIOCRUZ/MS, Coordenador da<br />Comissão de Doenças Ambientais e Ocupacionais da<br />Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia<br />Ildeberto Muniz de Almeida Professor Doutor do Departamento Depto de Saúde Pública da<br />Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP<br />Jefferson Benedito Pires de Freitas Mestre em Saúde Pública, Médico Pneumologista do Centro<br />de Referência em Saúde do Trabalhador da Freguesia do Ó,<br />Prof. Instrutor do Departamento de Medicina Social da<br />Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e<br />Médico do Trabalho do Sindicato dos Trabalhadores das<br />Indústrias Químicas, Farmacêuticas, Plásticas e Similares de<br />São Paulo<br />Jose Augusto Pina Pesquisador do Centro de Estudos da Saúde do trabalhador e<br />Ecologia Humana (CESTEH) da Fundação Oswaldo<br />Cruz/FIOCRUZ<br />Jussara Maria Rosa Mendes<br />Professora Adjunta do Curso de Serviço Social e do PPG<br />Psicologia Social e Institucional da UFRGS, Coordenadora do<br />NEST (Núcleo de Estudos em Saúde e Trabalho)<br />Luiz Augusto Facchini Professor Doutor do Departamento de Medicina Social,<br />Universidade Federal de Pelotas – RS<br />Luiz Carlos Correa Alves Médico do CESTEH/FIOCRUZ<br />Luiz Paulo Loivos Médico Pneumologista, Presidente da Sociedade de<br />Pneumologia e Tisiologia do Estado do Rio de Janeiro<br />(SOPTERJ)<br />Márcia Bandini Médica Doutora do Trabalho, Diretora da ANAMT<br />Maria Cecília Pereira Binder Professora Doutora do Departamento de Saúde Pública da<br />Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP<br />Maria Dionísia do Amaral Dias Professora Doutora do Departamento Saúde Pública da<br />Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP<br />Maria Juliana Moura Corrêa Professora da Escola de Saúde Pública do Estado do Rio<br />Grande do Sul. Mestre em Serviço Social, Doutoranda em<br />Epidemiologia na UFBA<br />Mario Bonciani Médico, Vice Presidente Nacional da ANAMT e Auditor Fiscal<br />do Trabalho aposentado<br />Patricia Canto Ribeiro<br />Médica Doutora Coordenadora da Comissão de Pneumopatias<br />Ocupacionais e Ambientais da Sociedade de Pneumologia e<br />Tisiologia do Estado do Rio de Janeiro (SOPTERJ)<br />Paulo Antonio Barros Oliveira<br />Médico do Trabalho, Professor Associado da UFRGS, Auditor<br />Fiscal do Trabalho do MTE, Vice Presidente da ABERGO<br />(Associação Brasileira de Ergonomia) e Diretor Executivo da<br />ULAERGO (União Latino Americana de Ergonomia)<br />René Mendes Professor Titular do Departamento de Medicina Preventiva e<br />Social da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de<br />Minas Gerais, Belo Horizonte - MG (aposentado) e Professor<br />Associado Sênior, Department of Environmental Health<br />Sciences, School of Hygiene and Public Health, Johns Hopkins<br />University, Baltimore – MD, EUA<br />Rodolfo Andrade de Gouveia Vilela Professor Doutor Livre Docente do Departamento de Saúde<br />Ambiental da Faculdade de Saúde Pública – USP<br />Ubirani Barros Otero<br />Doutora, Gerente da Área de Vigilância do Câncer<br />Relacionado ao Trabalho e ao Ambiente, Coordenação de<br />Prevenção e Vigilância – Conprev/INCA<br />Ubiratan de Paula Santos Coordenador da Comissão de Doenças Ocupacionais e<br />Ambientais da SPPT e Médico Doutor do Grupo de Doenças<br />Respiratórias Ocupacionais, Ambientais e de Cessação de<br />Tabagismo da da Divisão de Pneumologia do Instituto do<br />Coração (InCor) do HCFMUSP<br />Victor Wunsch Filho Professor Titular do Departamento de Epidemiologia da<br />Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo<br />Vilma Santana Professora do Instituto de Saúde Coletiva, Universidade<br />Federal da Bahia, Programa Integrado em Saúde Ambiental e<br />do Trabalhador<br />Vilton Raile Médico do Trabalho da Divisão de Pneumoconioses do CEREST<br />de Osasco, Coordenador do Nucleo em Saúde do Trabalhador<br />de Carapicuiba, Fellow do Irving J. Selikoff Center for<br />Occupational and Environmental Medicine do Mount Sinai<br />School of Medicine, Nova Iorque<br />Zuher Handar Diretor científico da ANAMT, Médico do Centro Estadual de<br />Saúde do Trabalhador Do Paraná - CEST<br />.Sandra Goraiebhttp://www.blogger.com/profile/12996073257963508281noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6424459301253135540.post-856673372175185892012-02-24T10:05:00.002-02:002012-02-24T10:13:29.465-02:00Retomando...Já faz algum tempo que eu não escrevo aqui no blog. Neste período pude observar algumas mudanças positivas. Começou-se a admitir a importância da contaminação ambiental como fonte de doença mesmo em veículos da imprensa leiga, o que me deixa mais otimista. Há alguns anos este discurso era taxado de alarmista e radical. <br />Não é assim, o justo é que cada cidadão conheça os riscos ao qual se expõe e assuma as responsabilidamdes por sua exposição, ao invés de varrer para debaixo do tapete da ignorância as possibilidades negativas como se isto pudesse anulá-las magicamente. <br />Vou voltar a escrever aqui com mais frequência, talvez não como um tempo, mas vou tentar retomar este espaço de divulgação . <br />Obrigada a cada um dos leitores que passaram por este blog.Sandra Goraiebhttp://www.blogger.com/profile/12996073257963508281noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6424459301253135540.post-25985853000528390962011-10-10T10:25:00.003-03:002011-10-10T10:33:10.057-03:00Bronzeamento artificial é proibido na California para menores de idadeNa <span style="font-weight:bold;">Folha de S. Paulo</span> com a Associated Press, uma notícia me chamou a atenção.<br />Já sabemos dos danos provocados pelas famosas lâmpadas de bronzeamento e o risco inútil a que se expõe as pessoas que se submetem a este "tratamento de beleza".<br />Trago a notícia na íntegra, do site da Folha. É importante que esta informação seja divulgada pelo bem de tantos que poderão evitar sérias patologias decorrentes do uso destas lâmpadas. <br /><span style="font-weight:bold;"><br /><span style="font-style:italic;">Califórnia proíbe bronzeamento artificial para menores de idade</span></span><br /><br /><span style="font-style:italic;">Estado é o segundo nos EUA a banir procedimento em adolescentes</span><br /><br />Menores de idade da Califórnia, nos Estados Unidos, não podem mais fazer bronzeamento artificial. <br />O governador do Estado, Jerry Brown, assinou ontem a lei que proíbe o uso das câmaras de bronzeamento por menores de 18 anos. <br />De acordo com as autoridades da Califórnia, o Estado é o segundo nos Estados Unidos a banir o uso desses equipamentos por menores de idade. <br />O governo da Califórnia já havia proibido que jovens com menos de 14 anos usassem as câmaras de bronzeamento artificial, mas permitia seu uso para adolescentes entre 14 e 17 anos, desde que com consentimento dos pais ou responsáveis. <br />A decisão fez parte de um pacote de medidas para "melhorar a saúde e o bem estar dos californianos", lançada ontem pelo governador. <br />Em nota, o governo justificou sua posição citando o aumento no risco de desenvolvimento de câncer com o uso bronzeamento artificial. <br />"Se todos soubessem o risco das câmaras de bronzeamento artificial, ficariam chocados. O câncer de pele é uma epidemia crescente e a principal causa de morte de mulheres entre 25 e 29 anos", disse o congressista Ted Lieu.Sandra Goraiebhttp://www.blogger.com/profile/12996073257963508281noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6424459301253135540.post-63207412760408851012011-09-22T14:06:00.000-03:002011-09-22T14:07:12.027-03:00Novo curso em BruxelasWe are pleased to announce that the "Safety Assessment of Cosmetics in the EU - Training Course" will again be organised in 2012 !<br /><br />The Course will be held from 6 till 11 of February 2012 at the Vrije Universiteit Brussel, Belgium.<br /><br />The programme is nearly ready, we will upload the final programme on the website http://safetycourse.vub.ac.be and you will recieve it by e-mail too. It won't differ much from the 2010-version. Online registration wil be possible from mid October, but you will be informed by e-mail.<br /><br />If you know colleagues or friends who could be interested in this course, may we kindly ask you to forward this email to them or to provide us their coordinates?<br /><br />If, however, you prefer not to receive any more news on upcoming activities by email, please reply to this email with "unsubscribe" and we shall remove your address from our mailing list.<br /><br /> <br /><br />Sincerely hoping to welcome you on one of our initiatives in Brussels, we send you our very best regards, <br /><br /> <br /><br />Vera Rogiers & Manon Vivier<br /><br /><br />-----------------------------------------------------------------------<br />Vrije Universiteit Brussel<br />Dept. of Toxicology, Dermato-Cosmetology and Pharmacognosy<br />Laarbeeklaan 103<br />1090 Jette<br />Belgium<br />Tel. +32-2-477.45.07<br />Fax +32-2-477.45.82<br />Manon.Vivier@vub.ac.be<br />http://safetycourse.vub.ac.be<br />http://dercoscourse.vub.ac.beSandra Goraiebhttp://www.blogger.com/profile/12996073257963508281noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6424459301253135540.post-29373051671917135092011-09-15T13:34:00.001-03:002011-09-15T13:36:33.472-03:00Parabéns ANVISA! Adeus BPA nas mamadeiras!A ANVISA decidiu <span style="font-weight:bold;">banir</span> o Bisfenol A (BPA) das mamadeiras no mercado brasileiro a partir de janeiro de 2012.<br />As crianças e a saúde agradecem.Sandra Goraiebhttp://www.blogger.com/profile/12996073257963508281noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6424459301253135540.post-48108093846872556332011-05-16T10:07:00.005-03:002011-05-16T10:19:04.503-03:00No EHP um resumo sobre efeitos dos poluentes na infânciaAQ publicação Environmental Health Perspectives lançou a coletânea de referências artigos de 2010 sobre a infância em uma única publicação.<br />Quem quiser descarregar o arquivo em forma pdf vai encontrar neste endereço:<br /><br />http://ehp03.niehs.nih.gov/static/pdf/EHP_Child_Collection2010.pdf<br /><br />O volume aborda asma, autismo, leucemia, distúrbios de comportamento,câncer, imunopatias e distúrbios no desenvolvimento fetal além de interferência hormonal.<br />Boa leitura!Sandra Goraiebhttp://www.blogger.com/profile/12996073257963508281noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6424459301253135540.post-54395196215641129742011-05-11T17:10:00.000-03:002011-05-13T17:30:13.842-03:00Notícias do Brasil no LancetSaiu uma série de reportagens no Lancet sobre a saúde no Brasil. Quem quiser ir conferir, o endereço é:<br /><br />http://www.thelancet.com/series/health-in-brazilSandra Goraiebhttp://www.blogger.com/profile/12996073257963508281noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6424459301253135540.post-28939318481558284532011-04-27T11:04:00.001-03:002011-04-27T11:06:18.798-03:00Reportagem de V. Ogawa na Folha sobre contaminação do Rio Pardo.A contaminação do rio Pardo, no interior de SP, por defensivos agrícolas como o diuron e hexazinona, pode inviabilizar sua água para consumo. A construção de uma ETE (estação de tratamento de esgoto) que eliminasse essas substâncias poderia ser uma solução, segundo o artigo, porém é cara. A afirmação é da professora e química Cristina Pereira Rosa Paschoalato, da Unaerp (Universidade de Ribeirão Preto), que conclui uma pesquisa sobre o rio. <br />O fato de o rio cortar regiões produtoras de cana-de-açúcar, diz ela, influencia no grau de contaminação. Ela conta que os dois herbicidas não estão na lista de proibidos da portaria 357 do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), que traz normas para manter a qualidade das águas dos rios.<br />A pesquisadora espera, no entanto, que na reforma da portaria 518 do Conama, que define os padrões de potabilidade da água, esses dois compostos passem a integrar a lista de substâncias controladas e monitoradas. <br />Cristina diz que sua pesquisa simulou os produtos numa estação de tratamento e que as substâncias <span style="font-weight:bold;">"passaram direto"</span>, indicando que isso ocorreria também numa<span style="font-weight:bold;"> ETE convencional</span>.A pesquisa é realizada pela Funep (Fundação de Apoio a Pesquisa, Ensino e Extensão) e pelo Daerp (Departamento de Água e Esgoto de Ribeirão Preto), em parceria com a Unaerp.Sandra Goraiebhttp://www.blogger.com/profile/12996073257963508281noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6424459301253135540.post-58609390368045166672011-04-15T11:29:00.001-03:002011-04-15T11:32:49.678-03:00Uma email que recebi.Salve o Jeca Tatu!<br />Por Tatiana Achcar<br />Frutas frescas, sucos naturais, legumes, verduras e cereais, ingredientes de uma alimentação saudável, certo? Nem sempre. No suco de laranja, na salada de alface e tomate e até no básico arroz com feijão, o brasileiro ingere cinco quilos de veneno por ano.<br /><br />Pela segunda vez consecutiva, estamos no topo do ranking dos países que mais consomem agrotóxicos no mundo, que é vendido, da fábrica ao campo e do campo ao prato, como a salvação da lavoura, capaz de exterminar pragas, garantir alimentos de qualidade e em grande quantidade para abastecer o mercado e ainda sanar a fome do mundo. Alguém viu algum faminto por aí? O que fica escondido é o preço bem caro que todo mundo paga para manter esse modelo falido de produzir o pão nosso de cada dia.<br /><br />Em primeiro lugar, tem a alta recorde dos alimentos. Quem compra comida já notou que o bolso ficou mais vazio ou a sacola está mais leve. O custo da produção de alimentos vem acompanhando de perto o preço do petróleo, matéria prima dos defensivos agrícolas e fertilizantes. As revoltas na Tunísia e no Egito foram parcialmente vinculadas à insatisfação com a alta dos preços da comida. Onde não tem prato feito, tem guerra.<br /><br />Depois, vêm os danos à saúde, causados pelos agrotóxicos e deflagrados constantemente por pesquisas científicas, mas que governo nenhum ousa enfrentar. Depressão, alergias, desenvolvimento sexual precoce, disfunções hormonais, problemas neurológicos, má formação do feto, fraqueza dos rins, enjôo, diarréia. Leite materno contaminado!<br /><br />Até agora, o sistema de saúde foi incapaz de notificar os problemas de saúde relacionados ao uso de agrotóxicos. O Ministério da Saúde tem se mostrado omisso em identificar intoxicações na saúde do trabalhador e no ambiente e difundir informação sobre os riscos desse veneno. Por que não faz uma campanha de amplo alcance, como fez sobre a Aids? Hoje em dia, o único setor que faz propaganda é o próprio agronegócio. Vai mal!<br /><br />A bancada ruralista quer alterar a legislação para isentar o agrotóxico de impostos. Quer também mudar o Código Florestal para derrubar mais florestas e avançar sobre as fontes de água limpa. Quem está por trás das duas articulações? O agronegócio. Com o preço do petróleo nas alturas, eles estão pedindo arrego ao governo enquanto a população adoece e sobrecarrega o sistema saúde.<br /><br />A pressão para alterar o Código Florestal tem efeito rebote. Aumentar a área de desmatamento em margens dos rios e nascentes, hoje protegidas por lei, significa expô-las à contaminação da água pelos próprios agrotóxicos, comprometendo a biodiversidade a qualidade do recuso mais vital e valioso para a vida no planeta. Por falar em água, a agricultura é o maior consumidor de água potável do mundo, pois usa sistemas de produção e irrigação obsoletos e fertilizantes que empobrecem e desertificam o solo, demandando mais água.<br /><br />Um relatório [http://www2.ohchr.org/english/issues/food/docs/A-HRC-16-49.pdf ] da Comissão de Direitos Humanos da ONU, publicado em dezembro passado, revela que muitos agricultores de países em desenvolvimento podem dobrar sua produção de alimentos no prazo de uma década se deixarem de usar pesticidas e fertilizantes químicos e aderirem à agricultura ecológica. O método também torna o campo mais resistente ao impacto projetado pelas mudanças climáticas – enchentes, secas e alta no nível dos mares, que já deixou a água doce perto de alguns litorais salgada demais para poder ser usada na irrigação.<br /><br />De acordo com o relatório, até agora, projetos de agricultura ecológica em 57 países trouxeram ganhos médios de 80% nas safras, usando métodos naturais para enriquecer o solo e proteger a plantação contra pragas. Coisas simples, como colocar patos para comer ervas daninhas em arrozais em Bangladesh, descobrir uma planta do Quênia que captura inseto, plantar árvores altas para sombrear cafezais e intensificar o uso de adubos naturais, feitos com sobras de alimentos e podas de jardim.<br /><br />Enquanto a industrialização centralizou-se, a zona rural empobreceu e as cidades incharam, os Jecas Tatu de todo o globo desenvolveram tecnologias que podem salvar a lavoura. Está na hora de olhar pro campo.<br /><br />Fonte: http://colunistas.yahoo.net/posts/10179.htmlSandra Goraiebhttp://www.blogger.com/profile/12996073257963508281noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6424459301253135540.post-69112216816688690062011-04-15T11:02:00.003-03:002011-04-15T11:12:28.273-03:00no New York TimesO recolhimento de um dispositivo médico que deixou partículas de tungstênios dentro dos seios de mulheres foi classificado como o tipo mais sério de recall, envolvendo “situações nas quais existe uma probabilidade razoável de que o uso desses produtos causará graves consequências para a saúde ou mesmo a morte”, declarou na última quarta-feira (13/04) a Administração de Alimentos e Remédios dos Estados Unidos.<br /><br />O dispositivo, conhecido como Axxent FlexiShield Mini, consiste em um implante composto de tungstênio e silicone que era colocada temporariamente dentro de incisões feitas nos seios durante um procedimento médico incomum no qual as mulheres recebiam um tratamento completo à base de radiação em uma única dose após terem passado por uma lumpectomia em casos de câncer de mama. Esses implantes eram usados para ajudar a direcionar o feixe de radiação e proteger os tecidos saudáveis. Mas eles apresentavam defeitos e faziam com que os tecidos dos seios e os músculos peitorais fossem tomados por centenas de partículas de tungstênio.<br /><br />Não se sabe se o tungstênio é perigoso porque existe relativamente pouca pesquisa sobre os efeitos de longo prazo deste elemento químico sobre a saúde dos seres humanos. Mas as partículas aparecem nos mamogramas e tornam difícil a leitura dos resultados, algo que é especialmente perturbador para mulheres que tiveram câncer de mama e que temem o retorno da doença. As partículas metálicas parecem-se com depósitos de cálcio, algo que pode indicar a presença de câncer.<br /><br />(do site da UOL)<br />para ler mais na fonte original: http://www.nytimes.com/2011/04/15/health/15breast.htmlSandra Goraiebhttp://www.blogger.com/profile/12996073257963508281noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6424459301253135540.post-19908276668159917932011-04-07T18:19:00.001-03:002011-04-07T18:21:04.708-03:00Quanto vale uma vida contaminada.Campinas (SP), 05/04/2011 - O Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região <br />negou recurso impetrado pelas empresas Shell do Brasil e Basf S/A contra decisão <br />em primeira instância que condena as multinacionais ao custeio de tratamento de <br />saúde de ex-funcionários e ao pagamento de uma indenização bilionária por danos <br />morais.<br /><br />O acórdão proferido pelo TRT mantém a sentença da Vara do Trabalho de Paulínia, <br />que também abrange filhos de empregados que nasceram durante ou após a prestação <br /><br />de serviços, autônomos e terceirizados.<br /><br />A cobertura médica deve abranger consultas, exames e todo o tipo de tratamento <br />médico, nutricional, psicológico, fisioterapêutico e terapêutico, além de <br />internações.<br /><br />Fica mantido que cada ex-trabalhador e cada filho de ex-trabalhador nascido <br />durante ou depois da prestação de serviços deverá receber o montante individual <br />de R$ 64.500, indenização que se refere à protelação do processo pelas empresas, <br />no período compreendido entre a data da propositura da ação, em 2007, até 30 de <br />setembro de 2010. Este<br />valor será acrescido de juros e correção monetária a partir da sentença e de <br />mais R$ 1.500 por mês caso não seja feito o reembolso mensal das despesas nos <br />meses seguintes.<br /><br />Após a publicação da sentença, os trabalhadores terão prazo de 90 dias para <br />apresentar documentos comprovando a condição de ex-empregados das empresas <br />Shell, Cyanamid ou Basf (sucessora da Cyanamid), ou de terceirizados ou <br />autônomos que trabalharam na unidade fabril de Paulínia, independente do <br />trânsito em julgado. Embora possam ser<br />cadastrados trabalhadores de todo o país, o atendimento à saúde foi restringido <br />à Região Metropolitana de Campinas e à cidade de São Paulo.<br /><br />As empresas devem constituir um comitê gestor do pagamento da assistência <br />médica, o qual, segundo ex-trabalhadores, está em vias de ser estabelecido. Se <br />descumprir a obrigação, as empresas devem pagar multa diária no valor de R$ 100 <br />mil.<br /><br />As empresas também foram condenadas ao pagamento de indenização por danos morais <br />causados à coletividade no valor de R$ 761 milhões, reversível ao Fundo de <br />Amparo ao Trabalhador (FAT).<br /><br />De acordo com o juízo, as empresas deverão arcar, no total, com um custo <br />aproximado de R$ 1 bilhão e 100 milhões de reais.<br /><br />Mais de 1 mil ex-trabalhadores das empresas foram beneficiados com a sentença, <br />além de outras centenas de familiares, também suscetíveis à contaminação. De <br />todos os trabalhadores que tentam provar que foram expostos a substâncias <br />contaminantes, ao menos 100 possuem ações individuais em trâmite na Justiça.<br /><br />A exposição de seres humanos aos contaminantes presentes no local da fábrica é <br />há anos estudada e está vastamente documentada nos autos da ação civil pública <br />ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em 2007, juntamente com <br />Associação de Combate aos Poluentes (ACPO), Associação dos Trabalhadores <br />Expostos a Substâncias Químicas (Atesq) e Instituto Barão de Mauá de Defesa de <br />Vítimas e Consumidores Contra Entes Poluidores e Maus Fornecedores.<br /><br />O material foi produzido por instituições como Unicamp, MPT, Centro de Apoio <br />Operacional das Promotorias de Justiça do Meio Ambiente, Ministério da Saúde, <br />Cut, Cedec, Dieese, Unitrabalho e pela empresa holandesa Haskoning/IWACO – a <br />pedido da própria Shell.<br /><br />Em razão de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado perante o <br />Ministério Público do Trabalho, o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador <br />(Cerest) de Campinas examinou 69 ex-trabalhadores da Shell/Cyanamid/Basf e <br />enviou um relatório, que foi juntado aos autos do inquérito, sobre os <br />atendimentos realizados, cujo resultado apontou<br />uma média de 6 diagnósticos por indivíduo analisado.<br /><br />Dos 17 casos diagnosticados, 10, ou seja, 58,8% foram de neoplasia maligna, <br />chamando atenção os cânceres de próstata e os de tireóide. Houve ainda um caso <br />de síndrome mielodisplásica. Quanto às doenças endócrinas, o Cerest verificou <br />que 67,9% dos diagnósticos foram dislipedimias somadas às doenças da glândula <br />tireóide.<br /><br />Dos 34 casos de doenças do aparelho circulatório, 21 foram casos de doenças <br />hipertensivas. Dentre as doenças do aparelho digestivo, destacaram-se as doenças <br />do fígado, além da ocorrência de casos de doença diverticular do cólon e um caso <br />de metaplasia intestinal em esôfago. Em 30 casos houve predominância de Lesões <br />por Esforços Repetitivos (LER), enquanto que 56 ex-trabalhadores apresentaram <br />problemas sérios no aparelho gênito-urinário, com afecções da próstata, <br />alterações de fertilidade e impotência sexual. Ainda houve<br />exames em que o diagnóstico final não foi comprovado, mas apresentaram <br />alterações.<br /><br />A Shell e a Basf podem recorrer da decisão no Tribunal Superior do Trabalho <br />(TST), em Brasília.<br /><br /><br />CONHEÇA O CASO<br /><br /><br />No final da década de 70 a Shell instalou uma indústria química nas<br />adjacências do bairro Recanto dos Pássaros, em Paulínia. Em 1992, ao<br />vender os seus ativos para a multinacional Cyanamid, começou a ser<br />discutida a contaminação ambiental produzida pela empresa na<br />localidade, até que, por exigência da empresa compradora, a Shell<br />contratou consultoria ambiental internacional que apurou a existência<br />de contaminação do solo e dos lençóis freáticos de sua planta em<br />Paulínia.<br /><br /><br />A Shell foi obrigada a realizar uma auto-denúncia da situação à<br />Curadoria do Meio Ambiente de Paulínia, da qual resultou um termo de<br />ajuste de conduta. No documento a empresa reconhece a contaminação do<br />solo e das águas subterrâneas por produtos denominados aldrin, endrin<br />e dieldrin, compostos por substâncias altamente cancerígenas – ainda<br />foram levantadas contaminações por cromo, vanádio, zinco e óleo<br />mineral em quantidades significativas.<br /><br /><br />Após os resultados toxicológicos, a agência ambiental entendeu que a<br />água das proximidades da indústria não poderia mais ser utilizada, o<br />que levou a Shell a adquirir todas as plantações de legumes e verduras<br />das chácaras do entorno e a passar a fornecer água potável para as<br />populações vizinhas, que utilizavam poços artesianos contaminados.<br /><br /><br />Mesmo nas áreas residenciais no entorno da empresa foram verificadas<br />concentrações de metais pesados e pesticidas clorados (DDT e drins) no<br />solo e em amostras de água subterrâneas. Constatou-se que os “drins”<br />causam hepatotoxicidade e anomalias no sistema nervoso central.<br /><br /><br />Ademais, a Cyanamid foi adquirida pela Basf, que assumiu integralmente<br />as atividades no complexo industrial de Paulínia e manteve a exposição<br />dos trabalhadores aos riscos de contaminação até 2002, ano em que os<br />auditores fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)<br />interditaram o local, de acordo com decisão tomada em audiência na<br />sede do MPT. Apesar do recurso impetrado pela Basf, a interdição foi<br />confirmada em decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª<br />Região.<br /><br /><br />Em 2005, o Ministério da Saúde concluiu a avaliação das informações<br />sobre a exposição aos trabalhadores das empresas Shell, Cyanamid e<br />Basf a compostos químicos em Paulínia. O relatório final indicou o<br />risco adicional aos expostos ao desenvolvimento de diversos tipos de<br />doença. No ano de 2007, o MPT ingressou com ação civil pública para<br />garantir os direitos dos ex-trabalhadores ao custeio de tratamento de<br />saúde, juntamente com uma indenização milionária.<br /><br /><br />Fonte: Ministério Público do Trabalho em CampinasSandra Goraiebhttp://www.blogger.com/profile/12996073257963508281noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6424459301253135540.post-49725399076179525782011-03-22T11:26:00.000-03:002011-03-22T11:26:01.018-03:00Para não esquecer o dia da água!<iframe width="425" height="344" src="http://www.youtube.com/embed/oPwnAq2xMUg?fs=1" frameborder="0" allowFullScreen=""></iframe>Sandra Goraiebhttp://www.blogger.com/profile/12996073257963508281noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6424459301253135540.post-48318384418775545032011-03-17T14:20:00.000-03:002011-03-17T14:20:13.141-03:00Viva os 150 anos da Italia unida!- NABUCCO - G. Verdi<br /><br /><iframe width="425" height="344" src="http://www.youtube.com/embed/CkAMHQwBetY?fs=1" frameborder="0" allowFullScreen=""></iframe>Sandra Goraiebhttp://www.blogger.com/profile/12996073257963508281noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6424459301253135540.post-26385409594710319462011-03-03T10:23:00.004-03:002011-03-03T10:44:05.443-03:00Artigo em portuguêsTrago o link para um artigo de revisão em contaminantes ambientais e interferentes hormonais em português (para quem tiver dificuldade de leitura na língua inglesa), bastante interessante, escrito pelo grupo do Serviço de Endocrinologia e Diabetes da Universidade Federal do Ceará, liderados pela Dra.Eveline Gadelha Pereira Fontenele.<br /><br />Eveline Gadelha Pereira Fontenele, Manoel Ricardo Alves Martins,<br />Ana Rosa Pinto Quidute, Renan Magalhães Montenegro Júnior<br /><span style="font-weight:bold;">Contaminantes ambientais e os interferentes endócrinos</span><br />Arq Bras Endocrinol Metab. 2010;54/1<br /><br />http://www.scielo.br/pdf/abem/v54n1/v54n1a03.pdfSandra Goraiebhttp://www.blogger.com/profile/12996073257963508281noreply@blogger.com0