Artigo do grupo de Ciências Ambientais da Universidade de Karlstad nos traz uma possível ligação entre distúrbios autísticos na infância e contaminantes ambientais dentro das residências.
O estudo é parte de um projeto mais amplo que foca a incidência de asma e alergias d em crianças suecas, o The Dampness in Buildings and Health (DBH) Study, que começou no ano 2000 através de um questionário distribuído aos pais de todas as crianças de 1 a 6 anos em uma região da Suécia. Uma segunda etapa foi realizada em 2005.
A investigação original abordava a situação familiar, hábitos familiares (fumo de tabaco), sintomas e história de alergias, tipo de residência, presença de umidade e tipo de piso (que incluía o PVC). No segundo questionário, que fazia o follow-up das mesmas crianças, perguntou-se também sobre a incidência de Autismo, Síndrome de Asperger ou Síndrome de Tourette.
De um total de 4779 crianças, 72 apresentaram distúrbios correlacionados ao autismo, diagnosticados por profissionais médicos.
As análises das associações entre os contaminantes ambientais no ambiente doméstico apresentaram cinco variáveis estatísticamente significativas: tabagismo materno (hábito de fumar), sexo masculino, problemas econômicos na família, casas com baixa ventilação (condensação nas janelas), e piso de PVC, em especial nos quartos dos pais. Houve também uma associação positiva para sintomas de asma no primeiro questionário e autismo no segundo, 5 anos depois.
Os resultados da segunda fase sugerem que o piso de PVC é uma importante fonte de ftalatos inalados dentro de casa, e que a prevalência de asma e alergia estão associadas à concentração deste contaminante nos quartos das crianças.
Para saber mais:
Larsson M, Weiss B, Janson S, Sundell J, Bornehag CG.
Associations between indoor environmental factors and parental-reported autistic spectrum disorders in children 6-8 years of age.
Neurotoxicology. 2009 Sep;30(5):822-31.
Um comentário:
A gente não pode descuidar de nada, né?
Afe.......
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