Trabalho realizado por pesquisadores de diversas instituições americanas, entre elas a Division of Cancer Epidemiology and Genetics do National Cancer Institute, National Institutes of Health, Department of Health and Human Services; da School of Public Health da University of California–Berkeley; Northern California Cancer Center; Children’s Hospital of Central California de Madera e do Battelle Memorial Institute de Columbus, investiga as relações entre a exposição residencial a inseticidas e o risco de leucemia na infância.
Os autores justificaram o estudo por conta do aumento significativo da incidência de casos de leucemia em países desenvolvidos entre 1975 e 2004 cujas causas não foram claramente estabelecidas.
Eles usaram pó de carpetes como indicador de exposição para examinar o risco de leucemia na infância em relação à exposição residencial a substâncias químicas organocloradas, entre estas seis PCBs (Polifenois biclorados) e os pesticidas alfa e gama clordane, p,p′-DDT (diclorodifeniltricloroetano) , p,p′-DDE (diclorodifenildicloroetileno) , metoxiclor e pentaclorofenol.
O estudo foi realizado em 35 regiões da California setentrional e central durante os anos de 2001 a 2006 e incluiu 184 casos de Leucemia Linfocítica Aguda (LLA) na idade de 0 a 7 anos.
Os autores observaram que a detecção de qualquer PCB na poeira dos carpetes nas salas onde as crianças passavam a maior parte do tempo, aumentou em 2 vezes o risco de LLA (OR= 1,97; CI 95%), 1.22-3.17) Comparado com aqueles no quartil mais baixo de PCBs totais, o quartil mais alto foi associado a cerca 3 vezes maior risco (OR = 2.78 ; 95% CI, 1.41–5.48). A tendência positiva foi estatísticamente significativa (p = 0.017). A tendência foi evidente para o aumento das concentrações de PCBs, em especial os congêneres 118, 138 e 153, mas não para clordane, DDT, DDE, metoxiclor ou pentaclorofenol.
Em base aos resultados, os autores concluem que os pesticidas Polifenois biclorados, que são considerados prováveis carcinógenos e causam interferência no sistema imunitário, podem representar um risco previamente não reconhecido para a incidência de leucemia na infância.
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Para saber mais:
Mary H. Ward, Joanne S. Colt, Catherine Metayer, Robert B. Gunier, Jay Lubin, Vonda Crouse, Marcia G. Nishioka, Peggy Reynolds, and Patricia A. Buffler
Residential Exposure to Polychlorinated Biphenyls and Organochlorine Pesticides and Risk of Childhood Leukemia
Environmental Health Perspectives Volume 117, Number 6, June 2009
http://www.ehponline.org/members/2009/0900583/0900583.pdf
2 comentários:
Nossa..... inclui, será, aqueles de tomada?
beijo
Tha, geralmente ests são piretróides ou organofoforados. Em teoria foram banidos mas acabam aparecendo como resíduos no ambiente. Encontrei esta lista de nomes comerciais na Wiki:
Brazil:Ascarel
Former Czechoslovakia:Delor
France:Phenoclor
Pyralène (both used by Prodolec)
Germany:Clophen (used by Bayer)
Italy:Apirolio
Fenclor
Japan:Kanechlor (used by Kanegafuchi)
Santotherm (used by Mitsubishi)
United Kingdom:Aroclor xxxx (used by Monsanto)
Askarel
Pyroclor
United States:Aroclor xxxx (used by Monsanto)
Asbestol
Askarel
Bakola131
Chlorextol
Hydol
Inerteen (used by Westinghouse)
Noflamol
Pyranol/Pyrenol (used by General Electric)
Saf-T-Kuhl
Therminol
Former USSR:Sovol
Sovtol
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