Ontem, no canal internacional da TV italiana ouvi um debate interessante sobre os danos da globalização onde se malhou enormemente o programa dos biocombustíveis (sem nenhuma distinção). Hoje leio um artigo no jornal sobre o link entre os kiwis italianos (a maior produtora do mundo de kiwis) e o aquecimento global e o mecanismo global de transporte de alimentos.
Aí, alguém vai me dizer mas o que tem a ver o pato com o ganso? Tem tudo e não tem nada.
Pra começar a mesma globalização que levou o aumento do consumo de gêneros alimentícios pelos países mais populosos do mundo: China e Índia, serviu para elevar o preço da comida. A maior produção de bens de consumo aumentou o uso de combustíveis e a necessidade de mobilidade. A mesma globalização que melhorou a condição de vida de milhares de pessoas e as tirou da miséria é a vilã pelo aumento de consumo nestes países e a falta de bens alimentícios no outro lado do mundo...
Sabe, fiquei pensando: todo mundo quer comprar baratinho coisas vindas da China, mas ninguém quer pagar o preço do arroz que os chineses comem.
A coisa dos combustíveis é outra falácia. Ninguém abre mão de nada, querem tudo e não querem pagar por isto. Se você quer energia, alguém vai ter que fornecê-la. E o pretóleo vai às alturas. E a coisa encarece. Então você procura por alternativas, mas elas também custam. Bio ou não, você precisa de energia. Então em vez de comer polenta, façamos álcool.
Resumo, ou se enfia na cabeça que as coisas tem limite e não dá para continuar crescendo pra sempre, que é necessário equilíbrio entre oferta e demanda, ou minha gente a coisa vai ficar sem saída. Na verdade já estamos no gargalo.
Precisamos de menos gente, menos tralha, menos tóxicos. Infelizmente, o único jeito vai ser pagar a conta.
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