Saiu hoje e foi designado para os Drs. Mario Capecchi, Martin Evans e Oliver Smithies e a motivação foi pela contribuição dada por estes cientistas à pesquisa de doenças genéticas através da técnica introduzida por eles criando mosaicos genéticos em ratos usando células tronco (www.nobelprize.org) .
Mas não é do prêmio que eu quero falar, mas da pessoa que está atrás do prêmio, o Dr. Capecchi. Ele emigrou da Italia no final da guerra para os EUA aos 9 anos, em 1946 e sua história pessoal merecia uma minisérie.
Ainda criança, em 1941, foi deixado pela mãe, uma "partigiana" da resistência com uma família de camponeses, para que ficasse "mais protegido". Eram tempos difíceis e o menino na verdade ficou vagando pelo norte da Itália, de povoado em povoado. Foi encontrado pela mãe em um hospital em estado precário de saúde no final da guerra. Ela então decidiu imigrarpara os EUA e o levou consigo. O garoto batalhou, estudou e acabou fazendo pós em Harvard em Biologia Molecular nos anos 60. Ganha hoje o Nobel.
Como se vê, seria fácil pensar que um cientista já nasce privilegiado, mas as coisas não são bem assim.
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