A contaminação do rio Pardo, no interior de SP, por defensivos agrícolas como o diuron e hexazinona, pode inviabilizar sua água para consumo. A construção de uma ETE (estação de tratamento de esgoto) que eliminasse essas substâncias poderia ser uma solução, segundo o artigo, porém é cara. A afirmação é da professora e química Cristina Pereira Rosa Paschoalato, da Unaerp (Universidade de Ribeirão Preto), que conclui uma pesquisa sobre o rio.
O fato de o rio cortar regiões produtoras de cana-de-açúcar, diz ela, influencia no grau de contaminação. Ela conta que os dois herbicidas não estão na lista de proibidos da portaria 357 do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), que traz normas para manter a qualidade das águas dos rios.
A pesquisadora espera, no entanto, que na reforma da portaria 518 do Conama, que define os padrões de potabilidade da água, esses dois compostos passem a integrar a lista de substâncias controladas e monitoradas.
Cristina diz que sua pesquisa simulou os produtos numa estação de tratamento e que as substâncias "passaram direto", indicando que isso ocorreria também numa ETE convencional.A pesquisa é realizada pela Funep (Fundação de Apoio a Pesquisa, Ensino e Extensão) e pelo Daerp (Departamento de Água e Esgoto de Ribeirão Preto), em parceria com a Unaerp.
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