quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A morte, sempre absurda.

Hoje faz 30 anos que assassinaram John Lennon.
Talvez muitos adolescentes nem saibam quem foi esse tal de Lennon.
Nascido em outubro de 1940, em Liverpool, já adolescente era líder de uma banda chamada Quarrymen, quando em 1957, encontrou Paul McCartney e o convidou para a banda. No ano seguinte foi George Harrison e em 1960 o baixista Stuart Sutcliffe a unirem-se ao grupo que passou a chamar-se Beatles.
Em 1980 nós ouvíamos esta canção quando soubemos da sua morte.

Os anos se passaram, mas a perplexidade ainda permanece.

E por aqui, ontem, assassinaram um professor a facadas. Não consigo entender a lógica de uma coisa deste tipo... Perplexidade aqui também.

Erro, engano, tragédia. Dois frascos idênticos, rótulos parecidos, um deles no lugar onde não deveria estar. E uma menina recebe por engano a solução errada. Embolia. Morte. Uma morte que poderia ter sido evitada se o rótulo fosse claro, se o rótulo fosse útil. Morte inútil por culpa de um rótulo não verificado. Mas sempre morte é. Perplexidade de novo. Mas será que não poderiam usar um simples código de cores? Será que o nome da solução não poderia ser mais legível, mais evidente, em tipos grandes?
Em 1992, estagiária em Pittsburgh na Anestesiologia, vi pela primeira vez umas cartelas de rótulos coloridos para etiquetar seringas nas bandejas de anestesia. Cada categoria uma cor: amarelos para os curares, verdes para hipnóticos, vermelho para adrenalina e drogas vasoativas, púrpura para opióides, azuis para benzodiazepínicos, etc... cada droga com um tom diferente da cor da categoria a qual pertencia. Visualmente simples, imediato, bastava conhecer o código. Rótulos claros, letras de fácil leitura.
Fica a sugestão, tão elementar. Ninguém vai trazer a menina de volta para sua família, para seus amiguinhos, para a sua vida, mas que este drama possa servir de inspiração para que seja feita alguma coisa para evitar que isto se repita em qualquer hospital do Brasil.

Um comentário:

Marcia H disse...

a metalurgica onde trabalhei usava cores para diferenciar a porcentagem de metal contido em seu produto, a vida era mais fácil para funcionarios que nao liam tao bem, bastava saber que 65,3% era vermelho e estava tudo bem.