Caro Papai Noel
Hoje é véspera de Natal e faço aqui meus pedidos. Seja generoso, por favor!
Vou pedir saúde para todos, mas em especial para o Serginho e para o sr. Nelson, pois condividem um momento difícil e para a Sonia, que passou por ele recentemente.
Vou pedir paz no coração para todos, mas em especial vou pedir para a Lilian, o Marcelo, a Maria Helena, pela perda recente, e para a Regina, sr. Sérgio e D. Aparecida, para a Ana, o Bernardo, por aquilo que virá e que terão que enfrentar.
Vou pedir trabalho para todos, mas em especial para o Maurizio e para a Anna.
Vou pedir alegria para todos, embora eu saiba que os momentos difíceis virão.
Vou pedir amor para todos, pois é aquilo que nos mantém em pé.
Vou pedir que as contas sejam pagas e que não falte comida em nossa mesa, e se talvez fosse possível que algum amigo pudesse se sentar nela e condivir conosco.
Vou pedir que as angústias sejam poucas, e que as soluções sejam maiores que os problemas.
Vou pedir o sorriso para todos, em especial para a Bea, pois o sorriso dela é também o meu.
Vou pedir amigos novos, e que os velhos se tornem sempre e cada vez mais amigos.
Vou pedir esperança, para quem já a perdeu.
Vou pedir conforto.
Vou pedir tempo que baste.
Vou pedir sabedoria.
Eu sei bem que é tanto, esta minha listinha de pedidos.
Então, se não for possível trazer tudo, por favor, atenda aqueles mais importantes, mais necessários, os mais urgentes.
Hoje é véspera de Natal, e eu espero o Papai Noel...
Para discutir "body burden", disruptores hormonais, contaminação química ambiental e outras "cositas más"... Para desabafar, falar da vida, de qualidade de vida, de sobrevivência. Para falar de beleza, de limpeza,de saúde, de futuro com quem realmente se importa.
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Curso de Segurança em Cosmética em Bruxelas
Como todos os anos a Dr.a Rogiers me envia a comunicação para o curso de segurança em cosmética aplicada aos países europeus.
Abaixo o link para quem se interessar:
http://safetycourse.vub.ac.be/pdf/brochure.pdf
Abaixo o link para quem se interessar:
http://safetycourse.vub.ac.be/pdf/brochure.pdf
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
A morte, sempre absurda.
Hoje faz 30 anos que assassinaram John Lennon.
Talvez muitos adolescentes nem saibam quem foi esse tal de Lennon.
Nascido em outubro de 1940, em Liverpool, já adolescente era líder de uma banda chamada Quarrymen, quando em 1957, encontrou Paul McCartney e o convidou para a banda. No ano seguinte foi George Harrison e em 1960 o baixista Stuart Sutcliffe a unirem-se ao grupo que passou a chamar-se Beatles.
Em 1980 nós ouvíamos esta canção quando soubemos da sua morte.
Os anos se passaram, mas a perplexidade ainda permanece.
E por aqui, ontem, assassinaram um professor a facadas. Não consigo entender a lógica de uma coisa deste tipo... Perplexidade aqui também.
Erro, engano, tragédia. Dois frascos idênticos, rótulos parecidos, um deles no lugar onde não deveria estar. E uma menina recebe por engano a solução errada. Embolia. Morte. Uma morte que poderia ter sido evitada se o rótulo fosse claro, se o rótulo fosse útil. Morte inútil por culpa de um rótulo não verificado. Mas sempre morte é. Perplexidade de novo. Mas será que não poderiam usar um simples código de cores? Será que o nome da solução não poderia ser mais legível, mais evidente, em tipos grandes?
Em 1992, estagiária em Pittsburgh na Anestesiologia, vi pela primeira vez umas cartelas de rótulos coloridos para etiquetar seringas nas bandejas de anestesia. Cada categoria uma cor: amarelos para os curares, verdes para hipnóticos, vermelho para adrenalina e drogas vasoativas, púrpura para opióides, azuis para benzodiazepínicos, etc... cada droga com um tom diferente da cor da categoria a qual pertencia. Visualmente simples, imediato, bastava conhecer o código. Rótulos claros, letras de fácil leitura.
Fica a sugestão, tão elementar. Ninguém vai trazer a menina de volta para sua família, para seus amiguinhos, para a sua vida, mas que este drama possa servir de inspiração para que seja feita alguma coisa para evitar que isto se repita em qualquer hospital do Brasil.
Talvez muitos adolescentes nem saibam quem foi esse tal de Lennon.
Nascido em outubro de 1940, em Liverpool, já adolescente era líder de uma banda chamada Quarrymen, quando em 1957, encontrou Paul McCartney e o convidou para a banda. No ano seguinte foi George Harrison e em 1960 o baixista Stuart Sutcliffe a unirem-se ao grupo que passou a chamar-se Beatles.
Em 1980 nós ouvíamos esta canção quando soubemos da sua morte.
Os anos se passaram, mas a perplexidade ainda permanece.
E por aqui, ontem, assassinaram um professor a facadas. Não consigo entender a lógica de uma coisa deste tipo... Perplexidade aqui também.
Erro, engano, tragédia. Dois frascos idênticos, rótulos parecidos, um deles no lugar onde não deveria estar. E uma menina recebe por engano a solução errada. Embolia. Morte. Uma morte que poderia ter sido evitada se o rótulo fosse claro, se o rótulo fosse útil. Morte inútil por culpa de um rótulo não verificado. Mas sempre morte é. Perplexidade de novo. Mas será que não poderiam usar um simples código de cores? Será que o nome da solução não poderia ser mais legível, mais evidente, em tipos grandes?
Em 1992, estagiária em Pittsburgh na Anestesiologia, vi pela primeira vez umas cartelas de rótulos coloridos para etiquetar seringas nas bandejas de anestesia. Cada categoria uma cor: amarelos para os curares, verdes para hipnóticos, vermelho para adrenalina e drogas vasoativas, púrpura para opióides, azuis para benzodiazepínicos, etc... cada droga com um tom diferente da cor da categoria a qual pertencia. Visualmente simples, imediato, bastava conhecer o código. Rótulos claros, letras de fácil leitura.
Fica a sugestão, tão elementar. Ninguém vai trazer a menina de volta para sua família, para seus amiguinhos, para a sua vida, mas que este drama possa servir de inspiração para que seja feita alguma coisa para evitar que isto se repita em qualquer hospital do Brasil.
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Mais uma história de todos os dias
Era uma vez um senhor, que aqui chamaremos de N*, 64 anos, muitos deles passados no trabalho rural. Ex-tabagista, até que o cigarro tivesse causado um carcinoma epidermóide em sua boca. Processo que fez com que N se submetesse a uma cirurgia há alguns anos.
N trabalhava faz 6 anos como caseiro, em um sítio, fazendo os trabalhos típicos desta profissão. O patrão de N andava insatisfeito com ele, pois N andava um pouco desleixado e resolveu demití-lo, então o chamou e lhe deu o aviso prévio. N assinou o aviso e então disse: "Doutor (o patrão era doutor), eu ando com uma dor forte de dente, uma inflamação, o que o senhor acha que eu posso tomar?". Neste momento o doutor pediu para ver a lesão e ficou chocado, havia uma lesão inflamatória de fato, mas mais do que isso, havia uma lesão ulcerada, profunda, sugestiva de rescidiva. O patrão mandou o senhor N imediatamente ao posto de saúde para que fosse encaminhado para tratamento.
Ao apresentar-se no INSS, a (im)perícia o considerou apto para o trabalho.
Apesar de atestados dizendo que o sr N possuia uma doença cujo tratamento era radioterapia, quimioterapia e cirurgia, nenhum deles descreveu que a DOR que N sentia era incapacitante para o trabalho e que necessitava de afastamento de suas atividades.
O fato é que N usa 30 mg de morfina e outros 4 analgésicos potentes sem alívio.Para estes "doutores" é impossível perceber e atestar que DOR incapacita e torna um sujeito que lida com máquinas e objetos de corte (foice, facão,enxada,...) incapaz para sua atividade.
N é mais um "segurado da previdência" que está à mercê da incompetência do sistema, esperando a sua sorte. Até que algo de pior aconteça.
Eu fui médica fiscal na Itália.
Esta figura profissional serve a corrigir e compensar estas incongruências de prognóstico médico e prognóstico laborativo e tornar a sociedade, o trabalho e a medicina mais justa.
O que estão fazendo com o sr N é simplesmente desumano! Estava na hora que por aqui começássemos a pensar nisto também.
* a história acima é verdadeira, apesar de parecer absurda. Os nomes foram omitidos para preservar a privacidade dos envolvidos.
N trabalhava faz 6 anos como caseiro, em um sítio, fazendo os trabalhos típicos desta profissão. O patrão de N andava insatisfeito com ele, pois N andava um pouco desleixado e resolveu demití-lo, então o chamou e lhe deu o aviso prévio. N assinou o aviso e então disse: "Doutor (o patrão era doutor), eu ando com uma dor forte de dente, uma inflamação, o que o senhor acha que eu posso tomar?". Neste momento o doutor pediu para ver a lesão e ficou chocado, havia uma lesão inflamatória de fato, mas mais do que isso, havia uma lesão ulcerada, profunda, sugestiva de rescidiva. O patrão mandou o senhor N imediatamente ao posto de saúde para que fosse encaminhado para tratamento.
Ao apresentar-se no INSS, a (im)perícia o considerou apto para o trabalho.
Apesar de atestados dizendo que o sr N possuia uma doença cujo tratamento era radioterapia, quimioterapia e cirurgia, nenhum deles descreveu que a DOR que N sentia era incapacitante para o trabalho e que necessitava de afastamento de suas atividades.
O fato é que N usa 30 mg de morfina e outros 4 analgésicos potentes sem alívio.Para estes "doutores" é impossível perceber e atestar que DOR incapacita e torna um sujeito que lida com máquinas e objetos de corte (foice, facão,enxada,...) incapaz para sua atividade.
N é mais um "segurado da previdência" que está à mercê da incompetência do sistema, esperando a sua sorte. Até que algo de pior aconteça.
Eu fui médica fiscal na Itália.
Esta figura profissional serve a corrigir e compensar estas incongruências de prognóstico médico e prognóstico laborativo e tornar a sociedade, o trabalho e a medicina mais justa.
O que estão fazendo com o sr N é simplesmente desumano! Estava na hora que por aqui começássemos a pensar nisto também.
* a história acima é verdadeira, apesar de parecer absurda. Os nomes foram omitidos para preservar a privacidade dos envolvidos.
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