quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Direto da Australia (ICONN 2010)

Na Conferência Internacional de Nanociência e Nanotecnologia que termina amanhã em Sidney, na Austrália, o Prof. Dr. Brian Gulson, da Universidade Macquarie (Graduate School of The Environment, Dep.of Environment and Geography), apresentou um estudo que demonstrou que nanopartículas de Zinco permearam a pele, atingiram a corrente sanguínea e foram excretados na urina de indivíduos expostos a cremes solares contendo este agente nanomizado. Foram estudados 20 indivíduos de idades diferentes, analisados sangue e urina, e pode-se observar que crianças e indivíduos que trabalham ao ar livre são os grupos mais sujeitos a uma superexposição ao zinco.
O zinco provoca carência de cobre interferindo nas funções enzimáticas fisiológicas em vários sistemas e aparelhos.
O óxido de zinco convencional é considerado seguro como bloqueador solar físico bloqueando tantos os raios UVA como os UVB (embora possua alguma atividade fotoclástica).
Assim sendo, seria interessante que as empresas que usam moléculas nanomizadas deixassem esta informação CLARAMENTE DISPONÍVEL ao consumidor. Infelizmente nenhuma delas o faz e adquirir um bloqueador solar é ainda uma aventura.
Em tempos onde a radiação chega a 14, talvez fosse o caso de exigirmos mais das agências reguladoras no que diz respeito à rotulagem, fazendo com que importantes informações, como esta, se tornem obrigatórias.

Em um verão de 40°C, nada melhor do que cuidado, a velha sombra e água fresca.

À propósito, o Dr. Gulson fez um apelo às empresas fabricantes que reduzissem os produtos contendo nanopartículas.

N.A.: Ontem no jornal "Hoje" (Rede Globo) uma reportagem sobre shampoos me deixou esperançosa que um dia as pessoas entendendam que shampoos foram feitos para lavar, que não existem shampoos sem sal e que nutrição se faz pela boca, não pelos cabelos. Tomara que a linha editorial continue esclarecendo e deixando claro obviedades que muitos insistem em não ver. Parabéns!
Continuem lendo os rótulos com cuidado e com clareza, sem preconceitos e com a mente aberta. Procurem entender, aprender o que não se entendeu, afinal ninguém nasceu sabendo. Exercitem a crítica, não só nos rótulos, mas na vida. Esta é a melhor defesa contra falsas promessas.

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