Queridos amigos, infelizmente tenho tido bem pouco tempo para vir escrever a vocês neste blog. Resolvemos procurar uma parceria com a Universidade, e assim tenho me dedicado ao projeto que faremos com ela.
Mas quero lhes contar um episódio recente que penso seja útil para avaliarmos certos conceitos.
Conversando com uma jornalista ela me perguntou o que eu pensava sobre o uso de bloqueadores solares. Eu perguntei a ela se a pergunta era como jornalista ou como indivíduo. E expliquei que se fosse uma informação de massa, na atual conjuntura e considerando que vivemos em um país onde o índice de radiação solar é muito alto, o uso de bloqueador solar é obrigatório (como preconizado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia), pois existe evidência de redução na incidência de tumores de pele, desde que não se exceda na exposição solar. Mas disse que se a pergunta fosse dirigida individualmente a resposta talvez não fosse esta. Ou seja, seria necessário fazer uma anamnese completa e uma análise séria dos riscos individuais antes de aconselhar o uso indiscriminado de bloqueadores solares. Disse que o mais seguro é evitar a exposição nos horários entre as 9:30h e as 17:00h além de usar bom senso, fator 1000 de proteção.
Isto serve para ilustrar que uma recomendação geral pode não ser igualmente boa para todos. Estejam atentos e reflitam sempre sobre as suas necessidades e características individuais.
Aproveito para trazer mais um abstract válido:
Søeborg T, Basse LH, Halling-Sørensen B.
Risk assessment of topically applied products.
Toxicology. 2007 Jul 1;236(1-2):140-8.
The human risk of harmful substances in semisolid topical dosage forms applied topically to normal skin and broken skin, respectively, was assessed. Bisphenol A diglycidyl ether (BADGE) and three derivatives of BADGE previously quantified in aqueous cream and the UV filters 3-BC and 4-MBC were used as model compounds. Tolerable daily intake (TDI) values have been established for BADGE and derivatives. Endocrine disruption was chosen as endpoint for 3-BC and 4-MBC. Skin permeation of the model compounds was investigated in vitro using pig skin membranes. Tape stripping was applied to simulate broken skin associated with various skin disorders. BADGE and derivatives had a tendency to permeate pig skin membranes in vitro with higher fluxes in the tape stripped membranes compared to the non-treated membranes. Data from the in vitro skin permeation study and from the literature were used as input parameters for estimating the risk. The immediate human risk of BADGE and derivatives in topical dosage forms was found to be low. However, local treatment of broken skin may lead to higher exposure of BADGE and derivatives compared to application to normal skin. 3-BC permeated skin at higher flux than 4-MBC. Both UV filters are endocrine disrupting compounds with 3-BC being the more potent. UV filters in sunscreen are often present in high concentrations, which potentially may lead to high systemic exposure dosages. Thus, the risk associated with use of 3-BC and 4-MBC containing sunscreen with regards to endocrine disrupting effects was found to be high and more data is urgently needed in order to fully assess the human risk of 3-BC and 4-MBC in commercial sunscreen.
(OBS: 3-BC é 3-benzylcamphor e 4-MBC é 4-methylbenzylidene camphor)
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