sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Bodas de Ouro

Esta é uma reflexão sobre amor e companheirismo.
O que faz com que duas pessoas decidam de compartilhar a vida e o façam, apesar das dificuldades e das diferenças, por 50 anos?
Fui convidada a festejar as bodas de ouro dos pais de uma amiga querida. Merece muita festa mesmo. Dividir a vida não é coisa simples.
Parabéns ao casal Benedicto e Nilde! Vocês são um exemplo de respeito e dedicação e uma inspiração para muitas pessoas.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Recomendada!

Vá no site do WWF e veja a nova campanha. Não deixe de assistir ao filme e de mostrá-lo às crianças. É muito válido. Precisamos muito da noção de causa-consequência e de perceber que o que fazemos, não fazemos aos outros, mas a nós mesmos.

WWF - Nova campanha do WWF-Brasil

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

A fada do dente...


Estava ansiosa, afinal o dente estava mole, mole. Ia cair.
Mas que demora! A cada dez minutos controlava: "Mamãe, está mais molinho agora?", "Mamãe, vai cair daqui a pouco?". Droga, as horas passavam, os dias também, e nada! Para os seus 5, quase 6 anos, horas são um tempo interminável, e dias então, nem se fala.
Mas o dia finalmente chegou, quando se observou que o outro dente, o permanente, já apontava atrás do pequenino dente de leite "molengato" e cadente.
Então a tia, que além de tudo é a "Dinda", rápida como um raio dentístico, acionou o pedal de sua estratosférica cadeira astronautica cheia de luzes e ZAPT! Com um puxão resolveu o problema.

E agora, com a janelinha na boca, espera a fada do dente, que hoje à noite vai trazer uma moeda e o tão desejado livro de matemática.

PS: O livro foi o pedido que ela fez à fadinha... E ela não toma Sustagem.
PPS: a imagem é de Sophie Anderson (Take the Fair Face of Woman)

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Sobre filmes postados

Gente, assistam os filminhos abaixo. São muito interessantes. O do menino serve para reconhecer as superiores capacidades linguísticas das fêmeas da espécie, basta olhar para a carinha dele e imaginar o "cadê a mamãe!". O da menina vale pela cara da mãe. Show. Divirtam-se.

Pai é pai, mãe é mãe, leite é...

A embaixadinha com a bolinha de jornal é imperdível... Analisem o abismo geracional na comunicação.

Prendada

A cara da mãe vale o vídeo!

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Bom senso, FPS 1000!

Queridos amigos, infelizmente tenho tido bem pouco tempo para vir escrever a vocês neste blog. Resolvemos procurar uma parceria com a Universidade, e assim tenho me dedicado ao projeto que faremos com ela.
Mas quero lhes contar um episódio recente que penso seja útil para avaliarmos certos conceitos.
Conversando com uma jornalista ela me perguntou o que eu pensava sobre o uso de bloqueadores solares. Eu perguntei a ela se a pergunta era como jornalista ou como indivíduo. E expliquei que se fosse uma informação de massa, na atual conjuntura e considerando que vivemos em um país onde o índice de radiação solar é muito alto, o uso de bloqueador solar é obrigatório (como preconizado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia), pois existe evidência de redução na incidência de tumores de pele, desde que não se exceda na exposição solar. Mas disse que se a pergunta fosse dirigida individualmente a resposta talvez não fosse esta. Ou seja, seria necessário fazer uma anamnese completa e uma análise séria dos riscos individuais antes de aconselhar o uso indiscriminado de bloqueadores solares. Disse que o mais seguro é evitar a exposição nos horários entre as 9:30h e as 17:00h além de usar bom senso, fator 1000 de proteção.
Isto serve para ilustrar que uma recomendação geral pode não ser igualmente boa para todos. Estejam atentos e reflitam sempre sobre as suas necessidades e características individuais.
Aproveito para trazer mais um abstract válido:

Søeborg T, Basse LH, Halling-Sørensen B.
Risk assessment of topically applied products.
Toxicology. 2007 Jul 1;236(1-2):140-8.

The human risk of harmful substances in semisolid topical dosage forms applied topically to normal skin and broken skin, respectively, was assessed. Bisphenol A diglycidyl ether (BADGE) and three derivatives of BADGE previously quantified in aqueous cream and the UV filters 3-BC and 4-MBC were used as model compounds. Tolerable daily intake (TDI) values have been established for BADGE and derivatives. Endocrine disruption was chosen as endpoint for 3-BC and 4-MBC. Skin permeation of the model compounds was investigated in vitro using pig skin membranes. Tape stripping was applied to simulate broken skin associated with various skin disorders. BADGE and derivatives had a tendency to permeate pig skin membranes in vitro with higher fluxes in the tape stripped membranes compared to the non-treated membranes. Data from the in vitro skin permeation study and from the literature were used as input parameters for estimating the risk. The immediate human risk of BADGE and derivatives in topical dosage forms was found to be low. However, local treatment of broken skin may lead to higher exposure of BADGE and derivatives compared to application to normal skin. 3-BC permeated skin at higher flux than 4-MBC. Both UV filters are endocrine disrupting compounds with 3-BC being the more potent. UV filters in sunscreen are often present in high concentrations, which potentially may lead to high systemic exposure dosages. Thus, the risk associated with use of 3-BC and 4-MBC containing sunscreen with regards to endocrine disrupting effects was found to be high and more data is urgently needed in order to fully assess the human risk of 3-BC and 4-MBC in commercial sunscreen.

(OBS: 3-BC é 3-benzylcamphor e 4-MBC é 4-methylbenzylidene camphor)

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Incluindo um blog

Gente, incluí um blog muito válido, o Dot Earth na lista dos links.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Cerebrum on line

Adicionei o link para a revista "on line" Cerebrum, da DANA Foundation. É gratis. Atualmente dispõe de interessante artigo sobre novos métodos terapêuticos, as chamadas drogas biológicas. Dêem uma lida. è interessante.

"Risks and Rewards of Biologics for the Brain" em: http://www.dana.org/news/cerebrum/detail.aspx?id=8446

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

No NYTimes

Reproduzo abaixo artigo do NYT sobre produtos orgânicos e ditos naturais.
É importante saber porém que já se acumulam artigos na literatura médica sobre o efeito de parabenos em seres humanos, e não somente, como relata o texto, em roedores. Também é importante saber que o FDA, na figura do Dr. Bailey, já relatou por inúmeras vezes a presença de dioxanas em produtos infantis, inclusive em meados deste ano. O FDA não regulamenta cosméticos com exceção daqueles que venham a apresentar queixas dos consumidores. A indústria americana é auto-reguladora o que dá margem a algumas aberrações.
Outra coisa válida é notar que não existe ingrediente 100% seguro, mesmo agentes hipoalergênicos podem ser sensibilizantes em certos indivíduos e que o rótulo natural ou orgânico não significa nada em termos de segurança (você pode ter venenos naturais e orgânicos).
Boa leitura!


Produtos orgânicos não necessariamente tornam a pele mais saudável
(New York Times)

Natasha Singer
Flavia Kawaja, designer de interiores em Manhattan, não faz uma visita ao departamento de beleza do Whole Foods Market com uma lista de compras, mas com uma lista mental dos ingredientes sintéticos a evitar.
Kawaja não usa antiperspirantes feitos com derivados de alumínio, em caso da lenda urbana de poderem causar doenças como Alzheimer ser verdade. Ela também evita produtos para pele com parabenos, agentes antibacterianos comuns usados como conservantes em alguns cosméticos, alimentos e drogas.
Apesar de não ter havido ensaios clínicos rigorosos em grande escala para demonstrar que os parabenos em cosméticos representam um risco aos consumidores, alguns estudos mostraram que a exposição a parabenos pode causar mudanças reprodutivas em roedores de laboratório.
Ao escolher cosméticos vendidos como naturais ou orgânicos, Kawaja toma extremo cuidado. Mesmo assim, admite que não tem certeza se sua escolha cuidadosa de xampus e protetores solares naturais se traduz em benefícios para a saúde.
“Não assumo que por ser orgânico automaticamente quer dizer que é bom para a saúde”, diz ela. “Digo, se você fritar uma batata orgânica, ainda é uma batata frita.”
Conhecedores de orgânicos há muito lêem os rótulos para eliminar produtos fabricados com pesticidas ou que contêm cores ou sabores sintéticos e conservantes. Agora, após os sustos de saúde recente com ração animal e dentifrícios contaminados, alguns peritos de beleza estão procurando os cosméticos livres de substâncias químicas sintéticas, na crença que produtos feitos sem ingredientes industriais como petroquímicos devem ser melhores para a saúde.
Esses novos consumidores cuidadosos estão alimentando uma expansão dos produtos de cuidado pessoal chamados de naturais e orgânicos. Os cosméticos naturais são vendidos por conterem vegetais ou minerais; os orgânicos dizem que são feitos com plantas cultivadas sem pesticidas.
Durante os 12 meses anteriores ao dia 9 de setembro, os americanos gastaram US$ 150 milhões (em torno de R$ 300 milhões) nas três maiores marcas naturais de higiene pessoal do mercado, incluindo Burt’s Bees, Jason Natural Cosmetics e Tom’s of Maine, um aumento de US$ 51 milhões sobre o ano anterior, de acordo com uma firma de pesquisa de mercado, Information Resources Inc. Enquanto isso, a venda de itens orgânicos de cuidado pessoal alcançou US$ 350 milhões (aproximadamente R$ 700 milhões) no ano passado, um aumento de US$ 68 milhões sobre 2005, de acordo com dados dos fabricantes compilados pela Organic Trade Association.
“Estamos vendo uma consciência maior que o que se coloca no seu corpo é tão importante quanto o que vai dentro do seu corpo”, disse Jeremiah McElwee, coordenador responsável pelo departamento de higiene pessoal da Whole Foods, o que mais cresce da empresa. “A saúde é o maior ímpeto para comprar produtos naturais ou orgânicos para o corpo.”
Seria lógico imaginar que ingredientes comestíveis comuns como azeitonas ou soja seriam naturalmente mais saudáveis para a pele e para o corpo do que compostos industriais de várias sílabas, difíceis de se pronunciar, como o conservante metilcloroisotiazolinona. Entretanto, representantes do governo e da indústria de beleza, assim como ativistas ambientais, admitem que não há provas científicas para apoiar a noção que cosméticos baseados em plantas são mais seguros, saudáveis ou mais eficazes para as pessoas.
“Os consumidores não devem necessariamente assumir que um ingrediente ‘orgânico’ ou ‘natural’ possui maior segurança inerente do que outra versão quimicamente idêntica do mesmo ingrediente”, escreveu Linda M. Katz, diretora do Escritório de Cosméticos e Cores do Departamento de Alimentos e Drogas (FDA), em mensagem eletrônica. “De fato, ingredientes ‘naturais’ podem ser mais difíceis de se preservar contra a contaminação microbiana do que materiais sintéticos.”
A confusão sobre a “veracidade” do mercado de artigos de higiene pessoal natural vem da falta de padrões nacionais.
O FDA, que regula os cosméticos, nunca impôs padrões de definição para termos de venda como ‘natural’ ou ‘orgânico’ quando se aplicam a produtos de beleza, disse Katz. Então, os fabricantes são livres para usar tais termos em tudo, desde um xampu sintético com um derivado de uma planta até um pó facial sem produtos sintéticos formulado apenas com minerais.
COSMÉTICOS NATURAIS
O departamento requer que os fabricantes assegurem que os cosméticos sejam seguros para o uso recomendado. No entanto, deixa por conta dos fabricantes decidir quais testes de segurança e eficácia fazer sobre os ingredientes e produtos acabados.
John Bailey, vice-presidente executivo de ciência da Associação de Cosméticos, Higiene Pessoal e Fragrância, em Washington, disse que os cosméticos são seguros, quer suas fórmulas contenham produtos químicos ou plantas. “No nível mais fundamental, mantêm os mesmos padrões legais e de fiscalização”, disse Bailey, que tem PhD em química.
No entanto, Jane Houlihan, vice-presidente de pesquisa do Grupo de Trabalho Ambiental, um grupo sem fins lucrativos em Washington, disse que a falta de padrões federais é responsável pela confusão do consumidor quanto as vantagens dos produtos naturais, se são tangíveis ou são simplesmente uma estratégia de marketing para cabeças verdes.
“Mesmo que um produto de beleza diga ser puramente da terra, você precisa ler a lista de ingredientes”, disse Houlihan.
Segundo Houlihan, o crescimento do interesse do consumidor em produtos naturais está levando muitos fabricantes a incluírem plantas exóticas em suas fórmulas que não têm um histórico estabelecido na indústria. Por exemplo, disse ela, seu grupo não encontrou dados publicados de segurança para ingredientes mais novos nos cosméticos como o óleo de madeira da Índia Ocidental e extrato de flor de peônia branca. “Só porque um ingrediente vem de uma planta isso não quer dizer que é seguro para uso em um cosmético”, disse Houlihan. “Tabaco e urtiga são exemplos de plantas que podem ser nocivas.”
De fato, alguns dermatologistas disseram que até mesmo ingredientes naturais que parecem benignos podem causar alergias. Por exemplo, David A. Kiken, residente de dermatologia da faculdade de medicina da Universidade da Califórnia em San Diego, disse que tinha visto irritação de pele causada por cosméticos com óleo de cedro australiano, camomila e chá verde.
“Apesar da expressão ‘extratos botânicos naturais’ dar a impressão de ter propriedades benéficas e benignas, essas substâncias podem causar reações adversas em indivíduos”, escreveu Kiken em um artigo publicado no American Journal of Contact Dermatitis.
Na ausência de padrões do FDA, dezenas de empresas e lojas estão usando palavras como botânico, natural, vegetal, puro e orgânico para vender seus produtos, cada um com sua própria definição.
Por exemplo, a www.sephora.com distingue entre produtos botânicos que usam alguns ingredientes vegetais, marcas naturais que não têm conservantes químicos, cores e fragrâncias, e marcas orgânicas que empregam alguns ingredientes vegetais cultivados sem pesticidas.
Outras marcas se dizem orgânicas para transmitir o máximo da integridade. Mesmo assim, as definições variam. Algumas empresas de beleza simplesmente empregam orgânico em seus nomes. Outras promovem certos ingredientes que foram aprovados por empresas privadas que inspecionam alimentos orgânicos.
Algumas marcas -inclusive Origins e Nature’s Gate- até receberam certificação para alguns produtos pelo Programa Nacional Orgânico, divisão do Departamento de Agricultura cujo logotipo aparece em produtos alimentares orgânicos certificados.
Os cosméticos podem usar tais selos se contiverem ao menos 95% de ingredientes orgânicos certificados, ou seja, produtos agrícolas feitos de animais ou plantas cultivados e processados sem fertilizantes químicos, pesticidas, hormônios de crescimento e antibióticos.
As pessoas, entretanto, não devem interpretar nem o selo orgânico do Usda - www.ams.usda.gov/nop/FactSheets/Backgrounder.html- nos cosméticos como prova de benefícios para a saúde ou eficácia, disse Joan Shaffer, porta-voz do departamento. Os agentes certificadores do governo simplesmente fiscalizam a forma como esses ingredientes naturais são cultivados e processados, assim como fariam para uma jarra de extrato de tomate, disse ela.
“O Programa Orgânico Nacional é um programa de marketing, não de segurança”, disse Shaffer, comparando o selo orgânico do departamento a seu sistema de classificação de carne bovina. “O filé pode ser de primeira, mas isso não quer dizer que é seguro ou nutritivo”.
Tradução: Deborah Weinberg