sexta-feira, 20 de abril de 2007

Nada de novo no front

Ontem saiu um artigo que relaciona a terapia de reposição hormonal com um potencial aumento da incidência de tumores de mama. O estudo é epidemiológico, portanto não dá condições de afirmar com segurança a relação, só a tendência.
É em contraste aparente com estudos que evidenciavam o papel protetor da genisteína (isoflavona da soja), por exemplo. O mais interessante é que a relação entre tumores de mama e estrogênios não é novidade. Já foi enormemente documentada em estudos controlados. Não precisaria ser muito brilhante para imaginar que algo que aumenta a biodisponibilidade de estrógenos aumenta o risco potencial de desenvolvimento tumoral hormônio sensível. Não vou me alongar aqui nos receptores e suas atividades e na modulação sobre cada um deles.
Em um recente encontro sobre cosmética, houve um palestrista que falou sobre os benefícios das isoflavonas da soja sugerindo que tais substâncias poderiam ser largamente utilizadas em produtos OTC, mesmo destinados a populações na faixa dos 30 anos . A genisteína, princípio ativo presente na soja, é um potente disruptor hormonal por sua alta afinidade com o receptor estrogênico (principalmente o alternativo GPR30). Talvez valesse maior cuidado nestas afirmações, principalmente em mulheres em idade fértil, talvez grávidas de fetos do sexo masculino. Valeria uma reflexão mais profunda,...

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