Existe uma suposição que o aumento na incidência de atopias (alergias) nos EUA e na Europa seja devido à exposição a agentes químicos que poderiam agir como promotores. Alguns ftalatos, aditivos utilizados em plásticos, tais como o dietilhexil ftalato (di-(2-ethylhexyl) phthalate) têm sido estudados neste sentido.
A evidência que estes agentes possuam a capacidade de interferir com a resposta imune e alérgica deriva de investigações epidemiológicas, de estudos em animais in vivo e análises in vitro.
Os dados epidemiológicos nos dão alguma evidência desta correlação, embora a falta de informações sobre a exposição objetiva traga limites à interpretação destes dados.
Estudos demonstraram em roedores que, em doses relevantes, a ação dos ftalatos sobre o sistema imunitário e sobre a resposta inflamatória não corresponde a um padrão. Os resultados variaram de uma potencialização da resposta inflamatória até a ausencia de resposta, até a imunossupressão. No entanto, baixas doses de ftalatos foram administradas por vias subcutânea e intraperitoneal, o que torna a via de exposição pouco provável para o modelo humano. Estes detalhes fazem com que os modelos de estudos em animais seja revisto no sentido de obter-se um entendimento mais claro sobre a ação dos ftalatos sobre o sistema imunitário pois estes últimos podem representar de fato um risco para a saúde humana.
Para saber mais:
Kimber I, Dearman RJ.
An assessment of the ability of phthalates to influence immune and allergic responses.
Toxicology. 2010 Apr 2.
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